Falando aos jornalistas à margem dos trabalhos da Assembleia Legislativa dos Açores, reunida na cidade da Horta, Carlos César manifestou solidariedade para com os dirigentes nacionais, que também já condenaram na quarta-feira a descida da notação do país e das empresas públicas.

“Não atribuímos credibilidade a essa classificação que é feita pela Moody’s e seguimos nessa matéria toda a indignação que tem trespassado o país, os principais responsáveis europeus e nacionais de condenação a esta agência”, destacou o governante.

Carlos César entende que os Açores foram apanhados por arrasto na sequência da queda do rating nacional, mas ressalvou que o nível atribuído aos Açores é, ainda assim, “melhor do que o nível dado à Madeira”.

Por todas estas razões, o chefe do executivo açoriano considera que “falar agora mal da situação financeira dos Açores” com base numa notação de uma agência que “todos condenamos, pela forma como ela classificou o nosso país, é no mínimo pouco ajustado”.

O presidente do Governo açoriano esclareceu também que esta classificação da Moody’s relativamente à região “não tem um efeito prejudicial imediato”, tendo em conta que os Açores não têm “necessidade de refinanciamento” e, por isso, não precisam de recorrer à banca.