Autor: Lusa/AO online
Puigdemont que se encontra em Bruxelas disse hoje, em entrevista à Catalunya Ràdio, que a melhor forma de expressar a recusa da população catalã contra a aplicação do artigo 155 da Constituição - que considera “um golpe de Estado contra a democracia” - é a formação de uma lista eleitoral alargada.
Segundo o presidente da Generalitat destituído, a lista eleitoral deve integrar as forças que compunham o anterior governo regional (PDeCAT e ERC) mas também a CUP e outras forças de esquerda “soberanistas”.
“Perante uma agressão tão forte do Estado espanhol, temos que estar unidos”, afirmou acrescentando que é preciso enfrentar “uma situação de emergência”.
Pugdemont voltou a admitir a possibilidade de encabeçar a lista unitária para conseguir uma vitória capaz de enviar à Europa a mensagem de que a intervenção junto das instituições catalãs “não é uma solução”.
O autoproclamado presidente da República da Catalunha reivindicou a “refundação do espírito da Assembleia catalã” que foi a plataforma que, desde os tempos da clandestinidade, uniu todas as formações catalãs que lutaram contra a ditadura franquista.
Puigdemont sublinhou que as reivindicações históricas da Assembleia da Catalunha – de “liberdade e amnistia” – voltam a ser atuais por causa da “onda repressiva desencadeada pelo Estado espanhol” e pela “punição autoritária”.
Sobre os objetivos que deveria ter um novo governo independentistas vencedor das eleições de 21 de dezembro, Puigdemont indicou que a prioridade não seria o culminar do processo iniciado pela aprovação da declaração de independência por parte do parlamento regional, mas sim a recuperação “da democracia e da liberdade”.
“É preciso desmascarar o artigo 155”, disse, sublinhando que o novo governo vai encontrar uma “situação de emergência perante um Estado espanhol que quer aniquilar a Catalunha como país”.
Segundo o ex-presidente da Generalitat, a “república só se pode afirmar a partir de um marco democrático” e criticou o governo do PP.
“Espanha
não mudou e é impossível dialogar com os fanáticos que a governam”,
afirmou classificando o Executivo como os “ultranacionalistas espanhóis”
que continuam a ser uma maioria.
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