Autor: Lusa/AO Online
Rui Matos, em declarações à agência Lusa, considerou o projeto de ampliação do parque de estacionamento da marginal de Ponta Delgada, da autoria do município, um “embuste e um apadrinhamento […] para dar [a exploração] a uma empresa grande que já está a explorar os principais parques” na cidade.
O município açoriano pretende construir um novo parque subterrâneo na Avenida Infante D. Henrique, que terá capacidade para 300 lugares, num investimento que ronda os 14 milhões de euros.
O candidato do ADN referiu que a autarquia “vai-se meter numa obra que é caríssima”, quando podia “construir três pequenos parques de estacionamento distribuídos pela cidade”.
Rui Matos considera a empreitada “uma asneira”, uma vez que o município “vai dar isso [a exploração] à iniciativa privada”, quando a “própria Câmara pode muito bem explorar os parques com os lucros que obtém dos parquímetros da cidade”.
O candidato defende que estes lucros devem ser aproveitados para a autarquia de Ponta Delgada construir “mais parques de estacionamento”, aproveitando edifícios.
Em julho, na altura do anúncio do parque subterrâneo na Avenida Infante D. Henrique, o presidente da autarquia, o social-democrata Pedro Nascimento Cabral, que se candidata ao segundo mandato, referiu tratar-se de “um investimento estruturante: são cerca de 14 milhões de euros para a construção de 300 novos lugares de estacionamento”.
Trata-se de uma obra com uma duração prevista de cerca de um ano e meio. O novo parque de estacionamento subterrâneo terá uma área total aproximada de 8.106 metros quadrados e os 300lugares de estacionamento contemplarão lugares para pessoas com mobilidade reduzida, adiantou a autarquia na ocasião.
Rui Matos sinalizou também que Ponta Delgada “é a única cidade que não tem estacionamento no centro histórico para carregamento de carros elétricos”.
Concorrem à Câmara Municipal de Ponta Delgada nas eleições de domingo Isabel Almeida Rodrigues (Unidos por Ponta Delgada - coligação PS, BE, PAN e Livre), Sónia Nicolau (Ponta DelgadaPara Todos - independente),Pedro Nascimento Cabral (PSD), Alexandra Cunha (IL),José Pacheco (Chega),Henrique Levy (CDU - coligação PCP/PEV) e Rui Matos (ADN).
No atual executivo, o PSD tem cinco elementos contra quatro do PS.