Autor: Lusa/AO online
Aos 31 minutos, o central do FC Porto fez o seu quinto golo pela equipa lusa, num encontro em que a equipa forasteira pode queixar-se da sorte, porque atirou por três vezes a bola aos ferros da baliza de Eduardo.
A equipa das “quinas” fez uma exibição intermitente, sem imaginação, mas como o seleccionador português, Carlos Queiroz, tinha dito, o importante era vencer, “não interessa como”.
Portugal parte assim com vantagem para o jogo de Zenica, em que procura garantir a terceira presença consecutiva num campeonato do Mundo, após 2002 e 2006.
Perante o povoado meio-campo bósnio, Portugal sentiu grandes dificuldades para construir jogo, apostando muitas vezes nos passes longos para tentar desposicionar a defesa contrária.
Como tal, não foi de estranhar que o primeiro lance de perigo da equipa lusa surgisse na sequência de uma bola parada, com Deco a bater um livre, surgindo Ricardo Carvalho a desviar para Liedson, que cabeceou ao lado.
Novo lance de perigo surgiu apenas para além da meia-hora, num remate de longe de Raul Meireles, que Kenan Hasagic defendeu para canto.
O golo português acabou por surgir poucos segundos depois, num cruzamento de Nani, que passou pela pequena área bósnia, sobrando para Bruno Alves, que se limitou a encostar para o fundo da baliza.
Até ali interessada em manter Portugal longe da sua baliza, a selecção bósnia acordou com o tento luso e começou a pressionar mais perto da área da equipa portuguesa, que se mostrou muito intranquila, dando muito espaço ao adversário.
Esta intranquilidade podia ter resultado no golo do empate, mas, primeiro, aos 34 minutos, Ibisevic atirou por cima, e cinco minutos depois, Eduardo evitou o golo de Salihovic, antes de, aos 43, Senijad Ibricic cabecear à barra.
No segundo tempo, foram precisos trompetes para acordar a selecção portuguesa, que ao seu som criou as duas primeiras oportunidades, aos 57 e 58 minutos, mas Liedson, após um excelente trabalho individual, e Raul Meireles não acertaram na baliza.
A Bósnia-Herzegovina pareceu satisfeita com a derrota pela margem mínima e o primeiro lance de perigo surgiu apenas aos 77 minutos.
Muito perto do final do encontro, Portugal pôde agradecer aos deuses, quando no mesmo lance viu, por duas vezes, a bola bater nos ferros da sua baliza, primeiro por Dzeko e depois por Muslimovic.
Na segunda “mão”, a selecção bósnia terá três baixas de peso, uma vez que os dois homens mais recuados do meio-campo, Muratovic e Rahimic, e o capitão Spahic completaram uma série de dois amarelos.