Autor: Lusa/AO online
Em declarações à agência Lusa, a deputada centrista Teresa Caeiro salientou que “o descontrolo orçamental na Saúde é talvez dos mais preocupantes” e acusou a ministra Ana Jorge de estar a “adiar e evitar os pagamentos aos hospitais” com o não reconhecimento de faturas pela administração central do sistema de saúde. Já na sexta-feira, durante o debate quinzenal com o Governo, na Assembleia da República, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, questionou o primeiro-ministro sobre a dívida da Saúde, afirmando ter “informações seguras e contrastadas” segundo as quais a “autoridade central dos serviços de saúde não reconhece faturas em relação a grandes hospitais públicos do país” desde o dia 01 de janeiro de 2010. A deputada do CDS-PP considerou que, “para ocultar o défice”, o ministério de Ana Jorge pode estar a ”dar indicações de não reconhecer as faturas dos hospitais”. “Esta nova modalidade significa estar a pôr o défice debaixo do tapete e é uma bomba-relógio. Lá por se esconder as dívidas que se tem aos hospitais não significa que elas não existem”, advogou Teresa Caeiro. Considerando que pode vir a surgir um orçamento retificativo no próximo ano devido à situação na Saúde, a deputada do CDS adiantou que vai dirigir questões a todos os hospitais e unidades de saúde EPE do país, sobre qual o valor das faturas que está “por reconhecer, desde quando, e qual é a dívida de cada hospital a terceiros”.