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Benfica tropeça com Belenenses na véspera de jogar em Paris
O golo de Cardozo foi insuficiente para dar hoje a vitória ao Benfica, que empatou 1-1 na receção ao Belenenses, em vésperas de defrontar o Paris Saint-Germain para a Liga dos Campeões de futebol.
Benfica tropeça com Belenenses na véspera de jogar em Paris

Autor: Redação AO/LUSA

Um pensamento que "traiu" as aspirações dos jogadores "encarnados", que saíram do relvado do Estádio da Luz sob um intenso coro de assobios, na luta pelo título, já que com este resultado voltam a estar a cinco pontos do líder FC Porto, não tendo capitalizado por mais do que uma semana o empate dos "dragões" na última ronda diante o Estoril-Praia (2-2).

Ainda antes de o jogo começar, o presidente dos "encarnados", Luís Filipe Vieira, homenageou o guarda-redes Artur pelo 100.º jogo com a camisola do Benfica.

Depois do triunfo na jornada passada diante do Marítimo (1-0), o Belenenses, privado do médio criativo Miguel Rosa, que se encontra a recuperar de uma lesão na coxa direita, conquistou um precioso ponto na luta pela manutenção, somando agora quatro, os mesmos do que o Paços de Ferreira, que hoje venceu o Marítimo, na Madeira, por 4-3.

Sem o treinador Mitchell Van der Gaag no banco de suplentes, que suspendeu a atividade por tempo indeterminado devido a problemas cardíacos, o Belenenses viu Marco Paulo garantir o lugar e a explanar o onze em “4x2x3x1”, contra o habitual “4x1x3x2” do Benfica, que sofreu três alterações em relação aos últimos encontros.

Com os olhos postos na Liga dos Campeões, na quarta-feira com gauleses, o treinador Jorge Jesus deixou Siqueira a descansar e deu a titularidade a Bruno Cortez, que não jogava desde o dérbi com o Sporting, em Alvalade, para a 3.ª jornada da I Liga, a 31 de agosto (1-1), e Maxi Pereira para a ala direita. Na frente colocou o avançado brasileiro Lima a dar apoio a Cardozo.

Foi precisamente esta dupla atacante que abriu marcador à passagem do minuto 17. Lima, descaído para o lado esquerdo, depois de receber a bola de Enzo Perez, cruzou para o avançado paraguaio cabecear para o 1-0, não sem antes a bola bater na trave e "trair" o guarda-redes Matt Jones.

A tomar conta do jogo, o Benfica deixou-se surpreender num lance de bola parada. Curiosamente uma arma muitas vezes utilizada pelos "encarnados". Na sequência de um pontapé de canto, cobrado por Tiago Silva, o maliano Diakité saltou mais alto que Fejsa e restabeleceu a igualdade, aos 30 minutos.

Só no início do segundo tempo e depois da entrada de Nico Gaitan, para o lugar de Markovic, o Benfica ganhou alguma velocidade no flanco esquerdo, contudo o Belenenses, que tinha acertado posições e encurtado espaços no relvado, com a subida do bloco defensivo, foi conseguindo controlar as ações encarnadas e, a espaços, apostou no contra-ataque, como forma de surpreender os “encarnados”.

Para isso, contava com as iniciativas de Fredy e João Pedro, cujos passes tinham invariavelmente um destinatário: Fábio Sturgeon. Apesar de jovem, este possante avançado luso-britânico foi criando algumas dificuldades a Luisão e Garay, mas acabou por ser substituído por Diawara, aos 65 minutos.

Antes disso, por muito pouco Cardozo não recolocou o Benfica a vencer, após cruzamento de Maxi Pereira. O paraguaio, já em desequilíbrio, de cabeça, atirou a bola ligeiramente por cima da baliza da formação do Restelo.

Apesar deste sinal, o Benfica não conseguiu reacender a chama, talvez por culpa da forte chuva que se fez sentir no Estádio da Luz, e deixou-se manietar pelo Belenenses, que procurou a todo o custo queimar tempo. Estratégia que lhe valeu o empate, mesmo depois dos seis minutos de compensação dados pelo árbitro aveirense Jorge Tavares.

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