Autor: Lusa/AO online
Os golos marcados na segunda parte pelo médio peruano Jefferson Farfán, aos 73 minutos, e pelo avançado holandês Klaas-Jan Huntelaar, aos 85, confirmaram a “sina” do Benfica em solo alemão, onde nunca ganhou um jogo europeu (13 derrotas e seis empates).
O Benfica, que repartia com o Lyon a liderança do grupo B, deixou os franceses isolados no comando, graças ao triunfo por 3-1 sobre o Hapoel Telavive, enquanto o Schalke 04, agora segundo, reassumiu à segunda jornada a candidatura a um lugar nos oitavos de final.
O clube lisboeta, que tinha ganho por 2-0 aos israelitas na estreia, cedeu perante a eficácia alemã, mas também mostrou poucos atributos atacantes num estádio que viu o rival FC Porto conquistar a prova em 2004, com uma vitória por 3-0 sobre o AS Mónaco.
O Benfica entrou sem complexos no estádio de um dos rivais na luta pelo apuramento e uma sucessão de cantos marcados por Carlos Martins semeou o pânico na área alemã, mas o guarda-redes Neuer nunca perdeu o controlo da situação.
A equipa germânica respondeu na mesma moeda: um pontapé de canto aos nove minutos resultou no golo anulado a Matip, por fora-de-jogo do médio do Schalke 04, que voltou a ver o árbitro italiano Gianluca Rocchi invalidar o tento de Farfán aos 17, pelo mesmo motivo.
Pelo meio, Saviola desperdiçou a melhor oportunidade do Benfica, aos 13 minutos, na sequência de um longo lançamento lateral de Maxi Pereira e desvio de Luisão, que descobriu o avançado sem marcação ao segundo poste, mas o argentino errou o alvo.
O equilíbrio na primeira parte poderia ter sido desfeito aos 41 minutos a favor do Schalke, quando o remate de Raul foi detido pelo poste direito da baliza “encarnada” e a recarga de Rakitic encontrou a prodigiosa oposição do guarda-redes Roberto.
Disputado em bom ritmo, mas sem que nenhuma das equipas se superiorizasse, o encontro parecia destinado ao empate, mas Farfán tinha outros planos e deixou um sinal das suas intenções aos 60 minutos, com um remate que saiu por cima da barra.
Aos 77 minutos, o médio peruano aproveitou um erro de cálculo de César Peixoto, que permitiu que a bola o sobrevoasse e chegasse ao pé direito de Farfán e de aí ao fundo da baliza do inconsolável Roberto com um forte remate cruzado.
Já com a frente de ataque remodelada, com Aimar e Alan Kardec nos lugares de Saviola e Cardozo, o Benfica insistiu na procura do empate, mas acabou por sofrer o segundo tento em contra-ataque, concluído de forma oportuna por Huntelaar, aos 85 minutos.