Autor: Lusa/AO Online
“Num quadro em que o Governo Regional apresenta uma boa performance [financeira] e acrescenta uma quantia de 30 milhões de euros em relação ao ano passado de cobrança de impostos diretos e indiretos, mais 24 milhões de transferências do Estado e União Europeia, não era tempo de aliviar de forma séria os trabalhadores e as trabalhadoras?” perguntou a deputada do BE no parlamento regional.
Zuraida Soares falava no início da análise e debate da proposta de Plano e Orçamento para 2016 nos Açores, que decorre até sexta-feira no parlamento regional, na ilha do Faial.
“A pobreza estrutural, o empobrecimento em larga escala, os baixos salários e o desemprego jovem permanecem”, afirmou Zuraida Soares, alegando que “mais uma vez não bate a teoria com a prática”.
A deputada bloquista defendeu a aplicação do diferencial fiscal de 30% ao escalão máximo do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), uma medida que “permitiria, por exemplo, emagrecer produtos e serviço, logo permitiria às pessoas comprar mais e às empresas vendar mais”.
Também o deputado da CDU, Aníbal Pires, considerou que está instalada na região uma “precariedade generalizada”, em que abundam programas ocupacionais que “contribuem para o aumento da pressão sobre os trabalhadores, forçados a todo o tipo de condições”.
“As políticas públicas de emprego levaram-nos a esse paradoxo”, referiu Aníbal Pires, acrescentando que hoje “muito poucas empresas contratam trabalhadores”.
Segundo o deputado comunista, que classificou de “vergonhoso flagelo” e “infame praga social” o desemprego, ao ler a proposta de Plano e Orçamento do Governo Regional para 2016 não se encontra “nada de diferente relativamente ao combate à precariedade laboral e políticas públicas de emprego”.
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