Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado de imprensa, o BE salienta que entregou na Assembleia dos Açores uma proposta a recomendar ao executivo açoriano, de coligação PSD/CDS/PPM, “a realização de diligências junto do Governo da República para reabrir o processo de candidaturas às Agendas Mobilizadoras do PRR”.
“A decisão do Governo Regional vem também dar toda a razão ao BE, que desde a primeira declaração pública sobre este assunto defendeu que o processo teria de ser repensado e repetido”, afirmam os bloquistas.
Refira-se que o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, anunciou que as candidaturas de empresas açorianas a 117 milhões de euros do PRR vão começar do zero, com a garantia de que não se perde um cêntimo.
“Esta decisão de José Bolieiro vem confirmar que houve uma influência determinante do Governo Regional na seleção das empresas e na elaboração das agendas”, assinala o BE.
As críticas à forma como o Governo se envolveu nas candidaturas às Agendas Mobilizadoras do PRR, que dizem respeito a 117 milhões de euros destinados pelo Governo da República a empresas da região, marcou o debate de terça-feira no parlamento regional, porque a iniciativa terá deixado de fora grande parte dos empresários do arquipélago, que alegam não terem tido conhecimento do processo.
O BE considera que a realização de uma comissão de inquérito ao processo das Agendas Mobilizadoras, proposta apresentada por PS, BE, IL e PAN, “mantém toda a pertinência”.
O partido critica ainda a “enorme incoerência” do Governo Regional, que no debate parlamentar de terça-feira promoveu uma “defesa acérrima” de todo o processo por intermédio do secretário das Finanças, Bastos e Silva, enquanto hoje foi tomada a decisão de “repetir todo o processo”.
José Manuel Bolieiro indicou que, para acabar com as suspeições sobre o Governo dos Açores e sobre as empresas da região que se candidataram às Agendas Mobilizadoras lançadas pela República em julho, os consórcios vão deixar cair as propostas, tendo em vista o reinício do processo, com a garantia, do ministro do Planeamento, de que a região “não perde nem um cêntimo” daquele financiamento.
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