Autor: Lusa/AO Online
Marinho e Pinto afirmou à agência Lusa que dispõe "de cinco dias para tomar uma decisão" de convocar novo ato eleitoral para a eleição dos diversos órgãos da Ordem dos Advogados.
Depois de desconvocado o ato eleitoral, a nova data terá de ser marcada pelo bastonário no prazo de 90 a 120 dias, de acordo com os estatutos do organismo representativa da classe dos advogados.
Vasco Marques Correia, um dos seis candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados (OA), considerou que "esta é, possivelmente, a primeira de muitas manobras desesperadas de uma nomenclatura que se pretende perpetuar no poder".
Por isso, o atual presidente do Conselho Distrital de Lisboa vincou que "é bem demonstrativo de que a OA precisa de mudar de vida rapidamente".
Guilherme Figueiredo, que se candidata também a bastonário, opinou que "este é um mau exemplo do que tem sistematicamente sucedido", em alusão ao facto de Marinho e Pinto não ter comunicado à candidaturas e "aos advogados".
O presidente do Conselho Distrital do Porto da OA notou ainda que a possível desconvocação de eleições "deveria ter sido previamente comunicada aos titulares dos órgãos da Ordem e aos candidatos aos cargos a eleger nas eleições do próximo dia 29 de Novembro, seguida de mensagem a todos os advogados e apenas posteriormente deveria ser feita a comunicação aos órgãos de informação!", referiu.
Contactada pela Lusa, Elina Fraga, igualmente candidata a suceder a Marinho e Pinto, afirmou que, na qualidade de vice-presidente da OA, não comenta o processo eleitoral.
"É uma matéria da exclusiva responsabilidade do bastonário", disse.
A Lusa tentou ainda obter reações de Jorge Neto, Raposo Subtil e Jerónimo Martins sobre o possível adiamento, mas não foi possível o contacto.
As eleições na OA foram marcadas para 29 de novembro e a apreciação da regularidade das listas decorre no prazo de cinco dias.