Açoriano Oriental
Base continua a ser um cliente importante para os empresários da ilha Terceira
Apesar da redução de investimento nos últimos anos, a base das Lajes continua a ser um cliente importante para os empresários da ilha Terceira, segundo o presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH).
 Base continua a ser um cliente importante para os empresários da ilha Terceira

Autor: Lusa/AO Online

"É um potencial cliente, com menos potencial do que no passado, mas continua a ser importante para a economia da ilha", frisou, em declarações à Lusa, Sandro Paim.

Na quarta-feira, os empresários da ilha são convidados a participar num encontro informativo comercial e numa exposição de produtos na base das Lajes.

Segundo Sandro Paim, esta é uma oportunidade para os empresários darem a conhecer os seus produtos e serviços aos norte-americanos, mas também de se informarem sobre as regras para vender dentro da base das Lajes.

"Permite um contacto direto com os empregadores e a divulgação dos produtos e serviços", salientou.

Nos últimos dois ou três anos, a procura dos norte-americanos pelos produtos locais e o próprio investimento nas infraestruturas registou uma queda "significativa", possivelmente na ordem dos 20 a 25 por cento, segundo Sandro Paim.

"Não temos dados do último ano, mas a redução tem sido acentuada", frisou.

A base das Lajes chegou a ser responsável pela movimentação de 100 milhões de euros na ilha, incluindo os salários dos trabalhadores e os bens e serviços adquiridos localmente, mas atualmente esse montante não deve ultrapassar os 80 milhões, segundo o presidente da CCAH.

Desde agosto de 2013 que os militares norte-americanos são destacados para as Lajes sem direito ao acompanhamento das famílias e por um período mais reduzido.

Há muitos bens que os norte-americanos adquirem dentro da base das Lajes, como vestuários ou calçado, mas ainda recorrem ao comércio local para comprar bens primários básicos ou requisitar serviços de turismo, 'babysitting', jardinagem ou pequenas manutenções.

Segundo um comunicado de imprensa da Força Aérea norte-americana, "durante o ano fiscal de 2014, do total de dólares adjudicados pela Secção de Contratos, 79,43% foram gastos na economia local".

A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo tem vindo a defender que os norte-americanos passem a adquirir produtos açorianos como carne, peixe, leite e queijo para abastecerem as suas bases europeias.

 

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