Açoriano Oriental
Azores Rallye não é pontuável, única e exclusivamente, para o CAR

Rui Moniz rebateu as críticas dos quatro clubes da Região que organizam provas do Campeonato dos Açores de Ralis. Apoio de 750 mil euros ao Grupo Desportivo Comercial gerou mal-estar nos clubes açorianos

Azores Rallye não é pontuável, única e exclusivamente, para o CAR

Autor: Artur Melo

O presidente do Grupo Desportivo Comercial (GDC) reagiu com surpresa ao comunicado conjunto dos restantes quatro clubes da Região que organizam provas nos Açores, no qual é contestado o apoio de 750 mil euros concedido ao clube micaelense pelo Governo Regional dos Açores.

Em comunicado, Clubes Asas de Santa Maria, Terceira Automóvel Clube, Pico Automóvel Clube e Clube Automóvel do Faial consideram que a verba atribuída pelo executivo constitui “uma falta de equidade” por parte do Governo, afirmando que “tendo em conta que este ano as provas organizadas pelo GDC pontuam unicamente para o Campeonato de Ralis dos Açores (CAR), como as dos restantes clubes organizadores de provas de automobilismo na Região, nada justifica que aquele clube receba um apoio que, em média, é 95% superior ao  que recebem os restantes clubes”.

Rui Moniz, em declarações ao Açoriano Oriental, começou por sublinhar que o apoio decidido em reunião do Conselho de Governo se destina à realização “de atividades desportivas, na modalidade de automobilismo no ano de 2023” e rebateu os argumentos apresentados pelos outros quatro clubes da Região.

O presidente do ‘Comercial’ começou por lembrar que o Azores Rallye não pontua, única e exclusivamente, para o CAR, vincando que a prova está integrada - e pontua - para o  Tour European Rally, uma competição internacional homologada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).

“Não há um comparativo  entre o Azores Rallye e as outras provas que integram o campeonato dos Açores”, rematou o dirigente, evocando que a prova continua a ser o único evento desportivo açoriano que dá projeção internacional mediática aos Açores.

Ao mesmo tempo, Rui Moniz lembrou que a prova, que se vai correr nos dias 31 de março e 1 de abril, é candidata a integrar o Campeonato de Portugal de Ralis de 2024, sendo a única com este estatuto nos Açores. 

O presidente do GDC lembra ainda que o plano de atividades do clube é vasto em realizações ao longo do ano e adianta que a quarta edição do Azores E-Rallye, a realizar nos dias 24 e 25 de junho, para além de ser pontuável para o Campeonato  de Portugal de Novas Energias (CPNE) é, em 2023, prova candidata a integrar no próximo ano o E-Rally Cup FIA, o campeonato da Europa para viaturas elétricas.

“Não dizemos que nos vamos candidatar, nós não apresentamos e depois retiramos candidaturas; nós nos candidatamos ao CPNE em 2021, entramos e fizemos uma prova do CPNE em 2022, candidatamos este ano a prova ao campeonato da Europa de 2024 e segundo o que nos é transmitido, a probabilidade de integrarmos essa competição é elevada”, avançou Rui Moniz.

O presidente do GDC sublinha que “há aqui um conjunto de atividades desportivas que o GDC organiza e que têm um impacto local, mas também para fora das fronteiras da Região, que é muito significativo” e justifica os valores do contrato-programa com o Governo com o facto de o “Azores Rallye disputar-se com o mesmo índice organizativo que sempre aconteceu até agora e, obviamente, isso tem um conjunto de exigências e de custos que torna a prova mais cara do que qualquer outra que integre o CAR, para o qual também pontua, mas não exclusivamente”, vincou uma vez mais. 

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