Autor: Lusa/AO Online
Depois de no dia 30 ter decretado a prisão preventiva para o principal suspeito do caso, o empresário Manuel José Godinho
Fonte policial, que confirmou hoje a informação à agência Lusa, não avançou o nome dos arguidos a interrogar pelo magistrado judicial António Costa Gomes, do Juízo de Instrução da Comarca do Baixo Vouga.
Adiantou apenas que não integram o leque de figuras mais faladas a propósito deste caso.
A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou no dia 28 de Outubro a operação "Face Oculta" em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado o empresário Manuel José Godinho, que está em prisão preventiva, no quadro deste processo.
Segundo a imprensa, a Manuel Godinho são imputados 13 crimes de corrupção activa para acto ilícito, cinco de corrupção no sector privado, cinco de tráfico de influências, um de associação criminosa, quatro de furto qualificado e dois de burla qualificada.
No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, vice-presidente do Millennium BCP, José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.
Um administrador da Indústria de Desmilitarização da Defesa (IDD) também foi constituído arguido no processo “Face Oculta”, segundo o presidente da EMPORDEF, a holding das indústrias de defesa portuguesas.