Autor: Paulo Moniz
O sector das tecnologias de informação e comunicação consubstancia-se, na actualidade, na real e concreta convergência das tecnologias de informação e das plataformas e serviços de telecomunicações. Este movimento de concentração e simbiose tornou duas áreas de génese e maturidade histórica diferentes em verdadeiros siameses indissociáveis, para poderem sobreviver e crescer.
Esta realidade incontestável foi fruto de uma evolução muito rápida das tecnologias de informação (hardware e software) e da necessidade de interligar e partilhar, bidireccionalmente, informação em quantidade e velocidades exponencialmente crescentes. Este último requisito, a par da adopção universal da plataforma IP-Internet Protocol, alavancou as infra-estruturas de banda larga, onde a fibra óptica leva a dianteira na oferta “infinita” de largura de banda e “força” a tecnologia móvel a uma oferta equivalente com mobilidade universal, o LTE (Long Term Evolution – 4ª Geração Móvel).
Neste enquadramento, as empresas cuja actividade se centrava nestas áreas, reposicionaram-se e alinharam-se estrategicamente com um conjunto de oferta de produtos e serviços sintonizados com a realidade convergente das telecomunicações e dos sistemas de informação. Assistimos a um aprofundamento desta estratégia, a começar pelos grandes operadores do mercado, que estenderam a convergência a ofertas N-Player que englobam desde da voz (hoje considerada uma “commodity”) até à oferta de audiovisual pay per view, com forte interactividade com o utilizador final.
O sector das TIC nos Açores, enquanto sector de actividade para o conjunto de empresas que operam no mercado, reveste-se de particularidades intrínsecas à Região e à sua caracterização muito peculiar. Desde logo, na capacidade de gerar, motivar, atrair e reter recursos humanos muito especializados e com formação e actualização dinâmicas e permanentes. A sustentabilidade e continuidade da oferta formativa está intimamente dependente da capacidade de absorção do mercado, i.e., da capacidade de absorção das empresas desta área de negócio e do potencial de crescimento e geração de riqueza destas. A criação de uma política facilitadora à instalação e produção local de produtos aplicacionais, na sua maioria intangíveis, que poderão alimentar a indústria crescente do entretenimento e conteúdos, pode constituir uma oportunidade transponível das tradicionais “barreiras” à produção industrial nos Açores.
O estabelecimento de parcerias externas que sejam veículo de transferência de “know-how” para as empresas da Região, incentivando estratégica e inteligentemente a realização dos projectos nestas áreas nos Açores por empresas locais de capital açoriano, detendo um forte potencial de crescimento e evolução aliam-se a parceiros externos de reconhecida notoriedade e experiência para poderem aproveitar as oportunidades de negócio locais e “crescerem” na cadeia de valor das tarefas e capacitação.
A criação de condições fiscais, de crédito e de funcionamento positivamente discriminatórias, são mais uma estratégia motora, incubadora e potenciadora do surgimento de start-ups na área das TIC e consolidam o crescimento sustentado das existentes, justificando-se esta política como contrapeso às reconhecidas limitações do mercado açoriano, rígido e limitado do lado da procura.
Do ponto de vista económico mais lato, e focando-nos no contributo das TIC na actividade das Empresas e nas várias vertentes da relação do Estado com os cidadãos, para uma realidade geográfica arquipelágica dos Açores, conseguem-se elevados ganhos de produtividade, custos evitados em deslocações (com ganhos, entre outros, ao nível ambiental) que contribuem, decisivamente, para a geração de riqueza por via do aumento de eficiência e ainda dos custos evitados.
Apesar dos condicionalismos intrínsecos e da distância inter e intra-arquipélago, compete ao poder político garantir que o custo de acesso às telecomunicações se faz para as empresas e cidadãos, com valores similares ao restante território Nacional, promovendo mecanismos de compensação e convergência tarifária concreta. Só desta forma o Estado cumpre a sua função reguladora, combate a discriminação e cria condições de verdadeira concorrência e atractividade, para uma oferta local de serviços e produtos, diversificada e de cobertura nacional.
Para as Empresas nos Açores, os custos de usufruírem das vantagens das TIC devem ser, no mínimo, os mesmos que existem no restante território Nacional, sob pena de acrescermos aos custos inatos de quem opera nos Açores desvantagens competitivas suplementares e redutoras.
Ao pensarmos no “goodwill” das empresas que utilizam eficazmente as TIC como factor de aumento de produtividade e eficiência, com consequente aumento de competitividade e sustentabilidade da actividade, estamos a ter em conta um factor de produção e funcionamento que, utilizado sem burocracia digital, se traduz num activo intangível de valor inestimável.
Permitirem-se mudanças mais profundas do modelo funcional económico através da viabilidade concreta do teletrabalho, ou de um modelo de e-government que aprofunda a proximidade com os cidadãos e eleva a capilaridade de acesso aos recursos, são motivos, por si só, mais do que fundamentais para uma forte, conhecedora e responsável aposta nas Empresas das TIC e nas TIC das Empresas e do Estado.
Esta realidade incontestável foi fruto de uma evolução muito rápida das tecnologias de informação (hardware e software) e da necessidade de interligar e partilhar, bidireccionalmente, informação em quantidade e velocidades exponencialmente crescentes. Este último requisito, a par da adopção universal da plataforma IP-Internet Protocol, alavancou as infra-estruturas de banda larga, onde a fibra óptica leva a dianteira na oferta “infinita” de largura de banda e “força” a tecnologia móvel a uma oferta equivalente com mobilidade universal, o LTE (Long Term Evolution – 4ª Geração Móvel).
Neste enquadramento, as empresas cuja actividade se centrava nestas áreas, reposicionaram-se e alinharam-se estrategicamente com um conjunto de oferta de produtos e serviços sintonizados com a realidade convergente das telecomunicações e dos sistemas de informação. Assistimos a um aprofundamento desta estratégia, a começar pelos grandes operadores do mercado, que estenderam a convergência a ofertas N-Player que englobam desde da voz (hoje considerada uma “commodity”) até à oferta de audiovisual pay per view, com forte interactividade com o utilizador final.
O sector das TIC nos Açores, enquanto sector de actividade para o conjunto de empresas que operam no mercado, reveste-se de particularidades intrínsecas à Região e à sua caracterização muito peculiar. Desde logo, na capacidade de gerar, motivar, atrair e reter recursos humanos muito especializados e com formação e actualização dinâmicas e permanentes. A sustentabilidade e continuidade da oferta formativa está intimamente dependente da capacidade de absorção do mercado, i.e., da capacidade de absorção das empresas desta área de negócio e do potencial de crescimento e geração de riqueza destas. A criação de uma política facilitadora à instalação e produção local de produtos aplicacionais, na sua maioria intangíveis, que poderão alimentar a indústria crescente do entretenimento e conteúdos, pode constituir uma oportunidade transponível das tradicionais “barreiras” à produção industrial nos Açores.
O estabelecimento de parcerias externas que sejam veículo de transferência de “know-how” para as empresas da Região, incentivando estratégica e inteligentemente a realização dos projectos nestas áreas nos Açores por empresas locais de capital açoriano, detendo um forte potencial de crescimento e evolução aliam-se a parceiros externos de reconhecida notoriedade e experiência para poderem aproveitar as oportunidades de negócio locais e “crescerem” na cadeia de valor das tarefas e capacitação.
A criação de condições fiscais, de crédito e de funcionamento positivamente discriminatórias, são mais uma estratégia motora, incubadora e potenciadora do surgimento de start-ups na área das TIC e consolidam o crescimento sustentado das existentes, justificando-se esta política como contrapeso às reconhecidas limitações do mercado açoriano, rígido e limitado do lado da procura.
Do ponto de vista económico mais lato, e focando-nos no contributo das TIC na actividade das Empresas e nas várias vertentes da relação do Estado com os cidadãos, para uma realidade geográfica arquipelágica dos Açores, conseguem-se elevados ganhos de produtividade, custos evitados em deslocações (com ganhos, entre outros, ao nível ambiental) que contribuem, decisivamente, para a geração de riqueza por via do aumento de eficiência e ainda dos custos evitados.
Apesar dos condicionalismos intrínsecos e da distância inter e intra-arquipélago, compete ao poder político garantir que o custo de acesso às telecomunicações se faz para as empresas e cidadãos, com valores similares ao restante território Nacional, promovendo mecanismos de compensação e convergência tarifária concreta. Só desta forma o Estado cumpre a sua função reguladora, combate a discriminação e cria condições de verdadeira concorrência e atractividade, para uma oferta local de serviços e produtos, diversificada e de cobertura nacional.
Para as Empresas nos Açores, os custos de usufruírem das vantagens das TIC devem ser, no mínimo, os mesmos que existem no restante território Nacional, sob pena de acrescermos aos custos inatos de quem opera nos Açores desvantagens competitivas suplementares e redutoras.
Ao pensarmos no “goodwill” das empresas que utilizam eficazmente as TIC como factor de aumento de produtividade e eficiência, com consequente aumento de competitividade e sustentabilidade da actividade, estamos a ter em conta um factor de produção e funcionamento que, utilizado sem burocracia digital, se traduz num activo intangível de valor inestimável.
Permitirem-se mudanças mais profundas do modelo funcional económico através da viabilidade concreta do teletrabalho, ou de um modelo de e-government que aprofunda a proximidade com os cidadãos e eleva a capilaridade de acesso aos recursos, são motivos, por si só, mais do que fundamentais para uma forte, conhecedora e responsável aposta nas Empresas das TIC e nas TIC das Empresas e do Estado.