Açoriano Oriental
Fraude
Apreendidas 204 notas falsas desde 2006 nos Açores
O Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da Polícia Judiciária abriu 204 processos referentes a notas falsas apreendidas na Região, entre  2006 e Setembro deste ano.

Autor: Luís Pedro Silva
A média anual de notas falsas detectadas e apreendidas ronda as 80, sendo produzidas geralmente por jovens e toxicodependentes.
A grande percentagem de notas apreendidas é de 20 e 50 euros, sendo que a introdução das  mesmas em circulação acontece sobretudo “em bares e festas”, porque são locais “com muitas pessoas e pouca luz”, permitindo aproveitar a confusão existente no momento do pagamento e assim transaccioná-las.
Também são detectadas situações em que toxicodependentes utilizam notas falsas na compra de produto estupefaciente.
Segundo  informações da Polícia Judiciária, o método utilizado para a contrafacção de moeda consiste na utilização de uma normal impressora multifunções ou através da utilização de um scanner.
A impressão das notas é descontínua e de fraca qualidade, sendo que nos Açores “nunca foi detectada uma rede na passagem de notas falsas”.
A maioria dos casos detectados são jovens com conhecimentos informáticos, que produzem notas falsas em casa e aproveitam para efectuar pagamentos de alguns produtos adquiridos em lojas.
A Polícia Judiciária recomenda que os pais e as escolas se mantenham atentos à utilização dos equipamentos informáticos, sobretudo das impressoras multifunções e scanners.
Também as empresas devem ser sensibilizadas para o cuidado a terem com os equipamentos informáticos, porque já foram detectados situações de notas falsas produzidas por funcionários no interior de empresas, aproveitando os meios tecnológicos disponíveis.
A PJ informa que todo o material informático utilizado na elaboração de notas falsas é “imediatamente apreendido”.
Até ao momento nunca se registaram grandes quantidades de notas apreendidas na Região, porque geralmente as pessoas tinham na sua posse um número reduzido delas.
Desde 2006 até Setembro de 2008 a Polícia Judiciária anunciou nos Açores a detenção de três pessoas: dois homens com 20 e 25 anos, na ilha de São Miguel, e uma mulher de 29 anos na ilha Terceira.
Três detenções pela presumível prática de crimes de contrafacção e passagem de moeda falsa, aconteceram em 2006.

63 processos para acusação
Em cerca de três anos foram concluídos 63 inquéritos, com proposta de acusação para o Ministério Público.
O crime de contrafacção de moeda é punido com pena de prisão de 3 a 12 anos, para “quem praticar contrafacção de moeda, com intenção de a pôr em circulação como legítima”.
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