Açoriano Oriental
Covid-19
Apenas 0,18% de vacinados com AstraZeneca em Espanha com efeitos secundários

Um relatório da Agência Espanhola de Medicamentos indica que apenas 0,18% dos vacinados no país com o fármaco da AstraZeneca, 1.792 em 985.528 pessoas, referiram ter sofrido qualquer tipo de efeitos adversos, como febre, dores de cabeça e dores musculares.

Apenas 0,18% de vacinados com AstraZeneca em Espanha com efeitos secundários

Autor: Lusa/AO Online

Estes são números do quarto "Relatório de farmacovigilância sobre vacinas COVID-19", publicado hoje pela Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (Aemps) com dados recolhidos até 21 de março último.

A Aemps também anuncia que, do total de 6.125.119 doses de vacinas administradas até essa data, foram recebidas 11.182 notificações de eventos adversos (0,18%).

No documento, a agência espanhola alerta para "alguns eventos adversos" de inflamação localizada em pessoas vacinadas com o medicamento da Pfizer, que tinham recebido anteriormente injeções de enchimento na pele do rosto (por exemplo, ácido hialurónico), tendo o folheto informativo (bula) que ser atualizado, no caso de se confirmar.

Entretanto, o responsável pela Saúde da comunidade autónoma de Madrid, Antonio Zapatero, afirmou hoje que "a confusão gerada pelo Ministério da Saúde” espanhol à volta da vacina AstraZeneca fez com que a percentagem de recusa de vacinação com estas doses passasse de 2% para 60% e até 70% na região.

Os responsáveis nacionais e regionais da Saúde decidiram na quarta-feira parar com a vacinação da AstraZeneca a menores de 60 anos, depois de ter sido conhecido um parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que concluiu existir uma “possível relação” entre a administração do fármaco e a formação de “casos muito raros” de coágulos sanguíneos.

Apesar de tais riscos, a EMA insistiu nos benefícios do fármaco, dada a gravidade da pandemia, e comparou estes eventuais efeitos secundários com os da toma de contracetivos hormonais como a pílula.

A decisão em Espanha foi tomada com o voto contra da região de Madrid, que pediu para alargar o limite aos maiores de 65 anos e um dia depois, na quinta-feira, o Ministério da Saúde e as comunidades optaram por alargar o limite de idade para 69 anos, uma vez terminada a vacinação do grupo entre os 60 e os 65 anos.

Em Espanha, as comunidades autónomas têm competência em matéria de política se Saúde.

Por outro lado, o Governo central, de esquerda, e o da Comunidade de Madrid, de direita, aproveitam todas as oportunidades para se atacarem politicamente, numa altura em que já começou a pré-campanha para as eleições de 04 de maio próximo na região em que fica situada a capital de Espanha.


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