Autor: Lusa/Ao online
“Quero dizer à oposição que não pode começar amanhã [segufa-feira] o debate do orçamento sem se decidir sobre o que acha. Porque uns dias ouvimos o PSD a dizer que este orçamento é despesista e eleitoralista e nos outros a dizer que é preciso satisfazer todas as reivindicações que nos são apresentadas aumentando a despesa, baixando os impostos, como se fosse possível reduzir o défice desta forma”, defendeu António Costa.
O secretário-geral do PS falava à margem da comemoração do primeiro ano do partido na Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, onde frisou a importância da redução do défice para 0,2%, passando uma mensagem a quem o desvaloriza.
“Temos a dizer àqueles que desvalorizam a importância de reduzir o défice e a dívida, que não o devem fazer, porque é graças a reduzir o défice e a dívida que o país hoje poupa 1.400 milhões de euros por ano de serviço de dívida, que é o que nos permite aumentar vencimentos, aumentar prestações sociais, as pensões, o investimento na saúde, na educação e ao mesmo tempo em reduzir mil milhões de euros no IRS que os portugueses vão pagar. E em vez de aumentar o défice, estamos a diminuir”, justificou.
Para António Costa, “o caminho” que se segue para reduzir o défice” é que distingue quem é de esquerda e de direita.
“O da direita sabemos qual foi: cortes a mais, cortes a pensões e enorme aumento fiscal. O nosso tem sido reposição dos vencimentos, reposição de pensões, aumento das prestações sociais, diminuição dos impostos sociais e, contudo, temos uma redução do défice assente no crescimento da economia, na criação de emprego e é assim que o continuaremos a fazer”, afirmou.
Segundo o primeiro-ministro, a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) vai proporcionar que “a vida das famílias continue a melhorar”, não só pelo aumento de salários e pensões, mas também pelos “menos mil milhões de euros que pagarão em IRS em 2019, em relação ao que pagavam em 2015”.
António Costa referiu ainda que as famílias aumentarão os rendimentos devido a medidas públicas, como a redução do preço da energia, a redução das propinas, os materiais escolares gratuitos até ao 12.º ano e a criação de uma empresa única de transportes na Área Metropolitana de Lisboa, que através de um passe único vai proporcionar “transporte acessível e mais barato para todos os cidadãos”.