Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho executivo da Escola Secundária Antero de Quental disse que a falta de motoristas na empresa prestadora do serviço de transporte, a Varela, “afeta as escolas sobremaneira”, sendo o “caso mais complicado o trajeto da Vila Franca do Campo”.
Carlos Amaral referiu que a empresa só informou da incapacidade de assegurar o transporte dos alunos cerca de 15 dias antes do arranque do ano letivo, o que classificou de “estranhíssimo e assustador”, uma vez que “isso não é algo que se resolve de um dia para o outro”.
Segundo o responsável, esta informação foi como “uma bomba que caiu nas mãos”.
“Era suposto terem 55 motoristas e, neste momento, da informação que nos passaram, estavam com 35, estando, dos 35, 14 de baixa”, afirmou o presidente do conselho executivo da Escola Secundária Antero de Quental, um dos maiores estabelecimentos de ensino dos Açores.
Referindo-se à Antero de Quental em particular, Carlos Amaral disse que, num universo de cerca de dois mil alunos, foram 84 os prejudicados pela falta do transporte escolar, sendo, neste momento, 18.
Carlos Amaral quer “resolver hoje” o transporte escolar para os 18 alunos ainda afetados, estando na posse de informação que lhe permite afirmar que “quase todas as escolas conseguiram resolver o problema”, uma vez que na sua periferia existem alternativas de transporte à empresa que era responsável pelo transporte escolar.
Acresce a ajuda no transporte dos alunos por parte de encarregados de educação e professores que se disponibilizaram para o efeito.
O presidente do conselho executivo da Antero de Quental refere que, no caso específico da sua escola, há várias entidades mobilizadas a ajudar, bem como empresas privadas do transporte de passageiros, e o “própria Varela está a fazer um esforço, arranjando soluções”.
Fonte do gabinete da Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto referiu na segunda-feira à Lusa que “o Governo dos Açores tem vindo nas últimas semanas a procurar responder a dificuldades no transporte de alunos, na carreira pública, em São Miguel”.
Tanto a Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto como a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas “têm vindo a manter o diálogo com as empresas de transporte para a solução do constrangimento”, indicou.
A Lusa tentou obter uma reação da empresa de transporte terrestre Varela, mas sem sucesso até ao momento.