Aguiar Branco pede diálogo e debate até ao máximo para se evitar greve geral

O presidente da Assembleia da República defendeu que o diálogo e o debate “devem ser esgotados ao máximo” antes de se avançar para a greve geral, convocada para 11 de dezembro pela CGTP e pela UGT



“Até porque a minha função assim obriga na Assembleia da República, eu sou pelo diálogo, pelo debate. O diálogo e o debate devem ser esgotados ao máximo antes de haver uma situação de greve. Acredito e espero que esse espaço de diálogo possa ainda acontecer e que tenha o seu resultado mais eficiente no que diz respeito a poder a greve não acontecer”, apelou José Pedro Aguiar Branco.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), da Universidade do Minho, no Campus de Azurém, em Guimarães, distrito de Braga, o presidente da AR considerou ser “uma matéria consensual” a necessidade de haver alterações na área laboral.

Aguiar Branco sublinhou que hoje há novas formas de trabalho e novas tecnologias, acrescentando que se deve olhar com normalidade para este assunto e que deve ser discutido.

“Entre aquilo que é o debate e o diálogo que deve haver, entre aquilo que é a normalidade em função do consenso que há em relação a haver alterações nesta matéria, e aquilo que também será normal, havendo uma maioria parlamentar que também foi eleita para fazer mudanças e não para deixar tudo na mesma, acho que é este quadro, em democracia, devemos encará-lo com normalidade. E é isso que espero que aconteça”, declarou Aguiar Branco.

A greve geral foi anunciada a 08 de novembro pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, que levou milhares de trabalhadores a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, em protesto contra as alterações propostas pelo Governo de Luís Montenegro.

A UGT aprovou por unanimidade a decisão de avançar em convergência com a CGTP, incluindo, assim, o voto favorável dos Trabalhadores Social-Democratas (TSD).

Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da 'troika'.

PUB

Valorização da carne de borrego de Santa Maria passa pela conquista de novos mercados. Secretário Regional da Agricultura e Alimentação aponta a ilha de São Miguel como o primeiro mercado a ter de ser conquistado pela Associação Regional dos Criadores de Caprinos e Ovinos dos Açores (ARCOA), instituição sediada em Santa Maria