Açoriano Oriental
ACT com "intervenções inspetivas" em três aeroportos no âmbito da greve na Ryanair

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) está a acompanhar a greve de dois dias dos tripulantes de cabine da Ryanair e está a “desenvolver presentemente intervenções inspetivas” nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.

ACT com "intervenções inspetivas" em três aeroportos no âmbito da greve na Ryanair

Autor: Lusa/AO Online

Em resposta a questões da agência Lusa, fonte oficial da ACT informou que a entidade está a “desenvolver presentemente intervenções inspetivas nos três aeroportos do território continental: Lisboa, Porto e Faro, com vista a verificar a existência de eventuais irregularidades”.

“Por estarem ainda a decorrer as intervenções inspetivas, é prematuro neste momento avançar informação sobre os resultados das mesmas”, acrescentou a mesma fonte à Lusa.

Esta manhã, Bruno Fialho, dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), referiu ter recebido informações sobre a atuação de inspetores da ACT em dois aviões no aeroporto de Lisboa.

“A ACT foi verificar se os tripulantes que estavam dentro de dois aviões da Ryanair hoje de manhã eram tripulantes das bases portuguesas ou se eram substitutos de grevistas. Neste momento não tenho mais informação”, disse à Lusa.

A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.

A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.

A decisão de partir para a greve foi tomada a 5 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.

Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.

A greve durou 24 horas em Itália e prolonga-se esta quinta-feira em Portugal, Espanha e Bélgica.


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