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Académica agudiza crise dos leões

A Académica venceu o Sporting em Alvalade por 2-1, em jogo da 18.ª jornada da Liga de futebol, com o treinador dos “estudantes”, André Villas-Boas, a ganhar o “duelo” no “banco” a Carlos Carvalhal

Académica agudiza crise dos leões

Autor: Lusa/Aonline

 A Académica chegou à vantagem logo aos três minutos, por Orlando, mas João Moutinho empatou aos 23 e o Sporting podia ter dado a volta ao marcador ainda na primeira parte, mas o treinador visitante mudou o cariz do jogo no segundo tempo e os “estudantes” acabaram por vencer com um golo de João Ribeiro, aos 59.

Primeira escolha do presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt, para substituir Paulo Bento, Villas-Boas soube explorar debilidades conhecidas do Sporting e proceder a mexidas depois do intervalo que se revelaram determinantes no desfecho do jogo.

Uma delas foi a colocação de um avançado fixo (Vouho) na segunda parte, a “encostar-se” aos centrais do Sporting, assumindo o 4x3x3 que permitiu jogar em todo o campo e equilibrar o jogo.

Esta alteração só foi possível por Villas-Boas ter percebido que, estando o Sporting a jogar com um médio defensivo (Pedro Mendes) sem ritmo, podia dar-se ao luxo de deixá-lo solto, quando a Académica perdia a bola, mantendo o equilíbrio no meio campo.

Villas-Boas colocou ainda Sougou, o seu homem mais rápido, a travar João Pereira - de cujos pés nasceram os lances principais em que o Sporting conseguiu criar desequilíbrios na defesa “estudantil”, nomeadamente no lance do golo -, deslocando João Ribeiro da posição de falso ponta de lança para a ponta direita.

Incumbido de acompanhar as subidas de João Pereira, na primeira parte, Diogo falhou em três ocasiões, deixando o lateral “leonino” fugir, numa delas com consequências, e Villas-Boas deixou-o na cabina ao intervalo.

Na segunda parte a Académica conseguiu jogar com o bloco defensivo mais subido, sem se desorganizar e sem perder o equilíbrio, passando a discutir o jogo com o Sporting no campo todo, mesmo tendo uma desvantagem numérica no meio campo (quatro “leões” para três “estudantes”).

No golo que decidiu o jogo, aos 59 minutos, foi fundamental a movimentação do ponta de lança Vouho, ao desviar a atenção dos centrais e criar o espaço para João Ribeiro ser servido e finalizar, apesar da clara falha de marcação do meio-campo “leonino”.

Apesar de ter sofrido um golo de Orlando logo aos três minutos, num lance em que Rui Patrício foi muito mal batido, o Sporting acabou por fazer uma primeira parte de bom nível, com Liedson “a abrir o livro”, sobretudo quando recuava e assistia as entradas dos médios e de Pongolle, fazendo passes “a rasgar” que os colocavam na cara do golo.

Foi assim que o Sporting chegou ao 1-1 e só não deu a volta ao resultado por manifesta falta de eficácia na concretização, sobretudo de Pongolle, ainda a precisar de tempo para se adaptar depois de ter sido contratado em janeiro.

Carvalhal apostou em Vukcevic como extremo assumido na esquerda, com Pedro Mendes a “trinco” e Matias Fernández e Moutinho a revezarem-se entre o “miolo” e a posição de interior direito, deixando a faixa aberta para as entradas de João Pereira.

A equipa até funcionou bem em termos coletivos, salvo algumas exibições individuais muito fracas, designadamente de Tonel, Grimi e do próprio Matias Fernández, pelo que nada fazia prever a quebra que se seguiria após o intervalo.

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