Autor: Rodrigo Tavares
AO: O que é que tem preparado para o espetáculo que vai ocorrer amanhã no Teatro Micaelense?
APA: Este foi um convite que aceitei, por um lado, muito contente, e por outro com muita reserva. Há muito tempo que já não tenho um projeto só meu e isso implica uma grande responsabilidade, sentido de trabalho e disponibilidade para me preparar. Aceitei com muito gosto, mas na condição de apresentar apenas música original. Foi a condição que impus a mim própria. Não me sinto capaz agora de pegar nas obras dos grandes mestres, dos grandes compositores. Aquilo que eu preparei para a primeira parte foi uma sequência de algumas peças de piano, a solo. Algumas delas nunca foram apresentadas em público. Na segunda, parte optei por manter a música original, mas aí com música de câmara. No fundo é uma [segunda] parte de música entre amigos. Tenho imensos amigos músicos, com os quais tenho tocado nos últimos anos e convidei alguns para tocarem comigo esse repertório que tenho feito para piano com outros instrumentos.
AO: Há quanto tempo é que já não atuava num projeto só seu?
APA: Tenho tocado muito e participado em projetos para os quais me convidam, apesar de não ter muito tempo. Mas é sempre um incentivo, um objetivo quando temos uma meta para atingir, [sobretudo] quando estamos nesta linha do ensino direcionado para outro tipo de vertentes que não só a artística. Mas se não estou em erro a última vez que atuei sozinha foi em 1990, portanto há quase trinta anos.
Leia esta entrevista na íntegra na edição impressa do Açoriano Oriental de 17 de fevereiro de 2017