Açoriano Oriental
Vinte por cento recusa vacinação contra a Covid-19 nos Açores

Cerca de 20% das pessoas contactadas nos Açores para serem vacinadas contra a Covid-19, recusaram sê-lo, uma situação que se verifica sobretudo na ilha de São Miguel, mas também na Terceira, sendo que a maioria dessas pessoas recusa ser inoculada com a vacina da AstraZeneca.

Vinte por cento recusa vacinação contra a Covid-19 nos Açores

Autor: Paulo Faustino

A informação foi avançada ao Açoriano Oriental pela Autoridade de Saúde Regional que, sem especificar números, esclarece estarem em causa dois grupos de indivíduos. Por um lado, aqueles que não querem ser vacinados de todo “e esses são mesmo residuais”; por outro, aqueles que recusam ser vacinados com a vacina que lhes foi oferecida (geralmente acontece com a AstraZeneca), manifestando a sua preferência por uma opção alternativa, neste caso pela vacina da Pfizer/BioNTech.

“São dois grupos de pessoas: aqueles que liminarmente rejeitam e aqueles que neste momento não querem ser vacinados com determinada vacina e que preferiam ser com outra. É o grosso das nossas recusas”, acentua Gustavo Tato Borges, presidente da Comissão de Acompanhamento da Luta Contra a Pandemia nos Açores.

A quem foi inicialmente oferecida a vacina e recusou, embora de forma não definitiva, terá depois que manifestar a vontade de ser vacinado e, quando for novamente chamado para a inoculação, “pois será vacinado com a vacina que lhe voltar a calhar”. Tato Borges explica que “não há possibilidade de garantir de que não será oferecida outra vez a vacina da AstraZeneca porque, de facto, vai depender da oferta de vacinas que tenhamos na Região”.

As pessoas que recusam liminarmente a vacinação justificam a sua posição com o desconhecimento do funcionamento das vacinas e o receio de haver algum efeito secundário mais grave. Há também aqueles que não querem ser vacinados por nenhuma razão específica e os que continuam a achar que a pandemia de Covid-19 não representa uma situação de risco.

Refira-se que o aumento da recusa de vacinação nos Açores surgiu este mês após as autoridades de saúde terem decidido suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde pública”, uma situação entretanto ultrapassada com a declaração oficial de que esta vacina é segura e eficaz.
“Tendo em conta as notícias recentes, o grosso das nossas recusas são com a vacina da AstraZeneca. Essas são as que neste momento têm motivado mais recusas apenas pelas notícias que têm saído recentemente e o receio de poder ter algum problema”, reitera.

Estima-se que os Açores recebam perto de 41 mil doses de vacinas contra a Covid-19 no próximo mês de abril, todas da Pfizer.

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