Autor: Paulo Faustino
A informação foi avançada ao Açoriano Oriental pela Autoridade de Saúde Regional que, sem especificar números, esclarece estarem em causa dois grupos de indivíduos. Por um lado, aqueles que não querem ser vacinados de todo “e esses são mesmo residuais”; por outro, aqueles que recusam ser vacinados com a vacina que lhes foi oferecida (geralmente acontece com a AstraZeneca), manifestando a sua preferência por uma opção alternativa, neste caso pela vacina da Pfizer/BioNTech.
“São dois
grupos de pessoas: aqueles que liminarmente rejeitam e aqueles que neste
momento não querem ser vacinados com determinada vacina e que preferiam
ser com outra. É o grosso das nossas recusas”, acentua Gustavo Tato
Borges, presidente da Comissão de Acompanhamento da Luta Contra a
Pandemia nos Açores.
A quem foi inicialmente oferecida a vacina e recusou, embora de forma não definitiva, terá depois que manifestar a vontade de ser vacinado e, quando for novamente chamado para a inoculação, “pois será vacinado com a vacina que lhe voltar a calhar”. Tato Borges explica que “não há possibilidade de garantir de que não será oferecida outra vez a vacina da AstraZeneca porque, de facto, vai depender da oferta de vacinas que tenhamos na Região”.
As pessoas que recusam liminarmente a vacinação justificam a sua posição com o desconhecimento do funcionamento das vacinas e o receio de haver algum efeito secundário mais grave. Há também aqueles que não querem ser vacinados por nenhuma razão específica e os que continuam a achar que a pandemia de Covid-19 não representa uma situação de risco.
Refira-se
que o aumento da recusa de vacinação nos Açores surgiu este mês após as
autoridades de saúde terem decidido suspender o uso da vacina da
AstraZeneca contra a Covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde
pública”, uma situação entretanto ultrapassada com a declaração oficial
de que esta vacina é segura e eficaz.
“Tendo em conta as notícias
recentes, o grosso das nossas recusas são com a vacina da AstraZeneca.
Essas são as que neste momento têm motivado mais recusas apenas pelas
notícias que têm saído recentemente e o receio de poder ter algum
problema”, reitera.
Estima-se que os Açores recebam perto de 41 mil doses de vacinas contra a Covid-19 no próximo mês de abril, todas da Pfizer.