Autor: Ana Carvalho Melo
Durante estes séculos perdurou na Península Ibérica e nas colónias do Novo Mundo a prática de vilancicos, um género paralitúrgico, desdobrado em vários subgéneros, como o Negro e o Mestizo, que era usado nas cerimónias mais importantes do ano litúrgico e em ocasiões solenes em que o poder político estivesse presente.
Na Corte Portuguesa, as festividades do Corpo de Deus e do Natal ganhavam um colorido especial na Capela Real com a prática de vilancicos, que eram também cantados no final de cada noturno do ofício de Matinas durante a quadra natalícia.
O programa do Concerto de Natal deste ano, que decorrerá no átrio do Palácio Bettencourt, pretende recriar em pequena escala essa mescla de sacro e profano.
O concerto, que terá início pelas 18h00, contará com Luís Henriques (tenor e diretor), Ana Sofia Sousa (contralto), Carolina Barbosa (soprano), Jorge Barbosa (baixo) e Maïthé Purim Coelho (mezzo), acompanhados por Francisco de Sales (percussão), Miguel Maduro-Dias (guitarra) e Paulo Almeida (clarinete).