Açoriano Oriental
Vieira da Silva não comenta se Governo vai cumprir meta de 7,5% em 2007
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social escusou-se hoje a comentar se o Governo vai cumprir a meta de uma taxa de desemprego de 7,5 por cento em 2007, tal como previsto no Orçamento de Estado.

Autor: Lusa / AO online
    “Os balanços são feitos no final do ano”, afirmou José Vieira da Silva, à margem da Conferência Emprego na Europa - Perspectivas e Prioridades, que começou hoje em Lisboa.

    Vieira da Silva considerou que, em muitos aspectos, Portugal já começou a inverter a tendência de crescimento do desemprego e apontou como exemplo a recuperação ao nível do investimento privado em bens e equipamentos.

    Também ao nível do próprio desemprego, Vieira da Silva enumerou alguns indicadores, como estimativas mais recentes do Eurostat, que apontam para uma estabilidade desde Fevereiro, a diminuição do número de inscritos nos Centros de Emprego [desemprego registado] e a redução das despesas com o subsídio de desemprego.

    “É uma situação desfavorável [taxa de desemprego] que temos que ultrapassar, mas é uma situação de estabilidade e não aquela situação de crescimento acelerado do desemprego que tínhamos entre 2000 e 2002”, disse Vieira da Silva.

    A solução para inverter o aumento da taxa de desemprego passa pelo investimento, pelo aumento das qualificações dos portugueses e por um enquadramento macroeconómico equilibrado, reafirmou o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

    “É isso que o Governo tem vindo a fazer com grande empenhamento e com sucesso do ponto de vista da atracção de novo investimento para Portugal”, acrescentou o governante.

    Os últimos dados do Eurostat dão conta que Portugal registou uma taxa de desemprego de 8,3 por cento em Agosto, face aos 7,5 por cento verificados no mesmo mês de 2006.

    Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego situou-se nos 7,9 por cento no segundo trimestre do ano, o que traduz uma desaceleração de 0,5 pontos percentuais face ao primeiro trimestre.

    Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego subiu 0,6 pontos percentuais.

    Já os números referentes ao desemprego registado revelam uma tendência diferente, sendo que o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego caiu 10,2 por cento em Agosto, face ao período homólogo, mantendo a trajectória descendente pelo 18º mês consecutivo.

    Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicam que o número de desempregados aumentou 0,6 por cento em Agosto, face ao mês de Julho.

    As despesas com o subsídio de desemprego e social de desemprego e apoios ao emprego continuam a decrescer, tendo diminuído 5,2 por cento nos primeiros sete meses do ano, para mil milhões de euros, segundo a execução orçamental.
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