Numa declaração na estação estatal Venezolana de Televisión (VTV), Padrino disse que os Estados Unidos são “um dos impérios mais genocidas da história”, alertando que Washington tem “muito poder” em “todos os aspetos: tecnológico, económico, financeiro, militar, sempre para causar danos e defender os seus interesses”.
No entanto, acrescentou, a Venezuela está a defender-se apesar de “toda a operação psicológica em curso” e do destacamento aéreo e naval dos EUA nas Caraíbas para “destruir” a Venezuela.
“O imperialismo norte-americano encarregou-se de nos ameaçar ainda mais com aviões bombardeiros, navios de mísseis e submarinos nucleares nas Caraíbas. E o que fizemos? Respondemos com maior unidade nacional”, afirmou o governante.
Nos últimos meses, os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar nas Caraíbas e no Pacífico latino-americano com navios, caças e forças especiais, num contexto de crescente tensão com a Venezuela.
A administração do Presidente Donald Trump enquadra este destacamento como parte da sua iniciativa “Lança do Sul”, de luta contra o narcotráfico.
Mas o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, considera-o uma tentativa de o destituir do poder e tem pedido que o país se mantenha em estado de alerta máximo e que sejam realizados exercícios militares de prontidão em antecipação de uma possível “agressão”.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações que acusam – sem apresentar provas – de transportar droga, causando um total de 76 vítimas.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA emitiu um aviso aos operadores de voos comerciais aconselhando-os a "extremar a precaução" ao sobrevoarem a Venezuela e o sul das Caraíbas, devido ao que considera "uma situação potencialmente perigosa na região", levando seis companhias aéreas, incluindo a TAP, a cancelarem voos para a Venezuela.
