Vasco Cordeiro pede "especial atenção" na atribuição de meios navais às àguas dos Açores

O presidente do Governo dos Açores pediu hoje uma "especial atenção" na atribuição de meios navais à subzona dos Açores da Zona Económica Exclusiva portuguesa (ZEE) face à sua dimensão.


“Naturalmente, para nós, é motivo de satisfação o facto de o próximo navio [patrulha oceânico] que estará presente nos Açores ser moderno, dotado de meios que reforçam as condições para o cumprimento da sua função e da missão da Marinha nos Açores”, referiu Vasco Cordeiro, aos jornalistas, em Ponta Delgada.

Contudo, frisou, trata-se “de um navio que terá a sua comissão no tempo devido”, acentuando que, “no fundo, isto acaba por transmitir a necessidade de ter especial atenção aos Açores neste domínio”.

“Obviamente que os meios que são afetos a essas funções não me parecem que sejam os suficientes para garantir que estas são cumpridas com a eficácia e abrangência compatível com os objetivos que presidem à constituição dessas zonas e que, no fundo, acabam por ter uma relevância grande para a própria soberania do Estado”, declarou.

O presidente do Governo Regional admitiu que se pode sempre contrapor com o argumento de que os meios existentes são os possíveis, o que considera compreensível, mas reiterou a necessidade de os “reequacionar” e “reanalisar” para assegurar uma presença “mais efetiva” e “melhor” face aos cerca de um milhão de quilómetros quadrados da ZEE dos Açores e a previsão de extensão da plataforma continental.

Vasco Cordeiro recebeu hoje, em Ponta Delgada, em audiência, o comandante da Zona Marítima dos Açores, António Manuel Carvalho Coelho Cândido, que reiterou que um dos novos navios patrulha vai estar ao serviço das águas açorianas a partir do final do mês de outubro.

O comandante da Zona Marítima dos Açores considerou que os meios "nunca são demais” e admitiu que gostaria de ter mais navios nos Açores e capacidade de fiscalização.

“A Marinha tem feito um esforço grande no sentido de otimizar os meios materiais de que dispõe e, especialmente, atender a este grande espaço marítimo dos Açores, conseguindo, da melhor forma possível, garantir a preservação dos recursos naturais”, declarou Coelho Cândido.

A vinda para os Açores do navio patrulha oceânico, que irá render a atual corveta, “dá mais garantias por ser um meio naval moderno, sendo uma mais-valia” para a região, acrescentou.

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