“Herdei uma guerra que nunca deveria ter acontecido, uma guerra em que todos perdem, em especial os milhões que morreram de forma desnecessária. A ‘liderança’ ucraniana não mostrou gratidão pelos nossos esforços e a Europa continua a comprar petróleo à Rússia”, escreveu Trump numa mensagem na sua plataforma Truth Social, em letras maiúsculas.
Na publicação, Trump assinalou que os EUA “continuam a vender quantidades massivas de armas à NATO para distribuir à Ucrânia” e deixou críticas ao seu antecessor, Joe Biden, que disse ter cedido estas de forma gratuita.
O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo de Trump é visto com grande preocupação em Kiev, pois incorpora várias exigências russas importantes: a Ucrânia ceder território, aceitar uma redução do seu Exército e renunciar à adesão à NATO.
No entanto, oferece a Kiev garantias de segurança do ocidente para evitar quaisquer novos ataques russos.
Donald Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro, Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, para responder às soluções propostas pelos norte-americanos.
Em caso de rejeição por parte da Ucrânia, Putin ameaçou continuar os ganhos territoriais na frente de batalha, onde o seu Exército detém a vantagem.
Perante esta dupla pressão dos Estados Unidos e da Rússia, Zelensky iniciou também consultas com os seus principais aliados na Europa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa guerra que teve o seu início em 2014 com a anexação da península da Crimeia pelos russos.
No entender de Trump, Putin apenas avançou com a invasão por Biden ser o Presidente.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, deverá reunir-se hoje em Genebra, na Suíça, com uma delegação ucraniana para chegar a um acordo sobre o plano da administração estadunidense.
Já no final de fevereiro, durante uma tensa troca de palavras verificada na Sala Oval, diante da imprensa, Trump e o vice-presidente JD Vance tinham acusado Zelensky de ingratidão e desrespeito.
