Açoriano Oriental
Treze bombeiros de Ponta Delgada processados pela sua direção
Treze elementos da corporação dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, entre os quais o comandante, receberam uma "nota de culpa" da direção liderada por Vasco Garcia e afirmam que estão perante uma "represália".
Treze bombeiros de Ponta Delgada processados pela sua direção

Autor: Lusa/AO Online

 

“Na nota de culpa que foi entregue a estes elementos, inclusive o comandante, afirma-se que foram todos notificados e despedidos, com justa causa, sem direito a indemnização”, declarou à agência Lusa João Paulo Sousa, chefe da corporação dos bombeiros de Ponta Delgada e Lagoa, na ilha de São Miguel, Açores.

João Paulo Sousa referiu que as notas de culpa foram entregues através do chefe da secretaria, e não através de um advogado ou pelo presidente da direção, Vasco Garcia.

Cerca de cinquenta bombeiros de Ponta Delgada organizaram, em julho, uma concentração em parada, no âmbito da qual anunciaram que apenas seriam efetuadas as missões de socorro em situações urgentes, como forma de protesto, até que o presidente da direção se demitisse.

O comandante da corporação, Emanuel Sousa, e o presidente da direção entraram em rota de colisão e os bombeiros concentraram-se em parada, no quartel, em solidariedade para com o seu chefe. No dia seguinte, os dois deram uma conferência de imprensa em que asseguraram que o conflito estava sanado.

“Da minha parte, é garantido que isto é uma represália derivado à formatura que se fez em frente ao quartel”, declarou João Paulo Sousa, bombeiro voluntário, que esteve naquele dia com os seus homens.

O chefe da corporação dos bombeiros de Ponta Delgada e Lagoa declarou que os visados vão recorrer aos seus advogados individualmente ou de forma coletiva, algo que ainda não foi decidido, uma vez que as notas de culpa começaram, para “surpresa generalizada”, a chegar na terça-feira, ao fim da tarde.

João Paulo Sousa referiu que os bombeiros vão aguardar que, até ao final da semana, surjam mais notas de culpa, mas gostariam de evitar novas formas de luta e tentar encontrar uma solução que não ponha em causa o serviço prestado à população, recordando que o lema da corporação é “vida por vida”.

“A nossa preocupação atual é que a situação se resolva da melhor forma”, frisou.

Segundo João paulo Sousa, a situação está “muito debilitada” e os profissionais “muito desiludidos”, apelando a uma resolução da situação “o mais rapidamente possível”.

A agência Lusa tentou obter uma reação da direção dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, sem sucesso.

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