Açoriano Oriental
Três centenas de crianças em lista de espera para creche
Em 2006 cerca de 600 crianças do concelho de Ponta Delgada estavam em lista de espera para ingressar numa creche. O número entretanto deverá ter descido para cerca de trezentos nomes, mas continua a ser elevado.

Autor: Paula Gouveia
Como explicou Andreia Cardoso, directora regional da Solidariedade e Segurança Social, “há cada vez mais procura de creches” e é, por essa razão, acrescentou a responsável, que  o Governo Regional tem feito “um investimento enorme na criação de novas creches em Ponta Delgada”.
Segundo a directora regional, de facto, no início de 2006, a lista de espera devia incluir cerca de 600 nomes de crianças com idades inferiores a três anos. Contudo, entretanto, abriram as creches do Livramento (com capacidade para cerca de 40 crianças) e da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Delgada (também para cerca de 40). E, este ano, vão abrir as creches do Centro Social e Paroquial da Fajã de Baixo (para cerca de 35 crianças) e do Lar da Mãe de Deus (para acolher 50 crianças).
Com as novas creches e ainda  com a Rede de Amas de Ponta Delgada  -  que já abrange mais de 120 crianças -, sublinha Andreia Cardoso, “esse número reduz-se substancialmente”. E irá continuar a descer, garante a responsável, porque estão planeados investimentos  para as Freguesias de Arrifes, Capelas e para a zona do Paim (São José).
Segundo Andreia Cardoso, “temos feito um esforço no sentido de não concentrar as respostas no centro de Ponta Delgada”.
E, além disso, é sempre assegurado que os casos urgentes tenham resposta. “Há situações de emergência e essas, o Instituto de Acção Social, no âmbito dos acordos de cooperação que tem com as instituições, pode agilizar os processos de entrada”, explica a directora regional. São casos de crianças que estão em situação de risco ou outras situações de emergência. De um modo geral, as instituições dão prioridade a crianças com necessidades educativas especiais, provenientes de famílias em risco, de famílias monoparentais, pessoas sem familiares no local de residência, ou mesmo a filhos cujos pais não têm com quem deixar os filhos em horário de trabalho.
 A Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social, através do Instituto de Acção Social, é a entidade fiscalizadora das creches - tanto das privadas, como das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). “Somos também a entidade financiadora das IPSS e da maioria das creches em funcionamento”, explicou Andreia Cardoso. E, é nessa condição, que o Instituto de Acção Social tenta coordenar o acesso às creches de, pelo menos, os casos mais urgentes, nomeadamente, os identificados pelos seus técnicos. No entanto, garante a responsável, “as instituições têm toda a autonomia na admissão das crianças”.
“Os pais inscrevem as crianças nas creches que entendem, podendo mesmo inscrever a criança  em todas, tentando obter uma vaga o mais depressa possível”, diz Andreia Cardoso. E são as instituições que fazem a selecção.
A creche do Centro Social e Paroquial da Fajã de Baixo abre portas a 8 de Outubro, depois de obras de adaptação e ampliação das antigas instalações (onde já funcionava um jardim de infância) no valor de um milhão e duzentos mil euros aproximadamente.||
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