Açoriano Oriental
Subsídios sociais têm de ser usados de forma reprodutiva
O fiscalista Diogo Leite Campos alerta que não se pode desperdiçar dinheiro de subsídios sociais em áreas como a educação, saúde e alimentação sem assegurar que são aproveitados de forma económica e racional.

Autor: Lusa/AO On line
 

“Independentemente de qualquer orçamento, quer se viva num país rico ou pobre, com dificuldades ou não, os recursos têm que ser aproveitados de uma forma económica e racional”, defendeu em declarações à agência Lusa o fiscalista, questionado sobre a atual crise económica e financeira do país.

Ressalvando que falava enquanto fiscalista e não como vice-presidente do PSD, Diogo Leite Campos adiantou que “não se pode desperdiçar dinheiro” e que os temas de hoje são “sentido social, economia e racionalidade”.

“O objetivo é dirigir os recursos cada vez mais escassos, tanto do Estado, como das empresas, para fins sociais relevantes e assegurar que esses fins sociais são obtidos”, sustentou, acrescentando que defende este modelo já algum tempo.

Utilizado em diversos países, nomeadamente em França, onde permitiu nos últimos anos a criação de 500 mil empregos, o fiscalista exlicou que “a simples entrega de dinheiro para satisfazer os direitos fundamentais das pessoas, como saúde, educação, apoio aos idosos e alimentação, tem vindo a ser substituído por prestações em espécie”.

“Quando se dá um subsídio de refeição é preciso que o beneficiário coma a refeição. Quando se dá um subsídio de creche é preciso que as crianças vão efetivamente para a creche. Quando se dá um subsídio para o idoso é necessário que beneficie efetivamente desse subsídio para alojamento e saúde”, exemplificou, realçando que isso também permite o desenvolvimento de serviços e a criação de empregos.

Considerou também um “desperdício” que a administração central e local, empresas e instituições atribuam subsídios sociais “sem a garantia de que essa atribuição vai alcançar o fim social a que se dirige”.

Optando por não falar sobre o Orçamento de Estado para o próximo ano, Diogo Leite Campos apenas disse: “Enquanto fiscalista nunca gostei do aumento de impostos”.

Sublinhou ainda que a “crise não se vão eternizar".

“Espero que dentro em breve Portugal volte a crescer, porque se não estamos perdidos. Estou seguro que o país é capaz de desenvolver programas de desenvolvimento económico que nos leve a sair da crise”, sustentou.

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