Autor: Cátia Carvalho/AOnline
O projeto quer “democratizar o acesso à dança” e nasceu depois de Vanessa Canto, uma das cofundadoras da MOOT, ter dado formação no interior do país. “Senti que não existia uma forma de manter a comunicação com os alunos nem de dar continuidade à formação” explica.
A professora de dança formada em Nova Iorque esclarece que “a MOOT não quer substituir a magia da dança presencial pela online; quer ser complementar e quer colocar mais pessoas a dançar e a moverem-se corretamente”.
Gustavo Neves Lima, o outro cofundador do projeto, acrescenta que “identificámos outros problemas, custos avultados para ter formação contínua pelo mundo e dentro da cidade, conteúdos não adaptados a diversas regiões por causa da barreira linguística e ausência de soluções digitais que se adaptem às necessidades da dança, mais evidentes agora por causa da pandemia da Covid-19”.
Sedeado no
Parque de Ciência e Tecnologia TERINOV, o projeto foi desenvolvido,
inicialmente, na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade
do Porto.
“Tivemos a oportunidade de frequentar a Escola de Startups da UPTEC, a maior incubadora do país”, refere Vanessa Canto, sublinhando que “a mentoria que recebemos foi essencial para desenvolver o conceito. Depois conseguimos o acesso à 1ª Edição do Startup Voucher, uma medida da Startup Portugal que nos ajudou a materializar a ideia e a constituir oficialmente a empresa. E entre uma coisa e outra, chegámos ao Top 10 do Prémio Nacional das Indústrias Criativas em 2018”.
Para
além da plataforma, cujo protótipo por enquanto está disponível numa
versão grátis e em dois idiomas, inglês e espanhol, com 7 treinos
premium de bailarinos de várias nacionalidades, a MOOT arrancou também
com as aulas presenciais no parque TERINOV.
“As aulas cumprem com um
dos objetivos sociais de termos sede cá”, afirma Vanessa Canto,
evidenciando que “é o início de um processo de maior proximidade e de
sensibilização da população local para a dança e para hábitos de
movimento saudáveis”.