Autor: Lusa / AO Online
"Estamos muito satisfeitos com a posição de Portugal e esperamos que ela fique como está", declarou Ksenija Milivojevic, conselheira do vice-primeiro-ministro sérvio, Bozidar Djelic, numa conferência em Lisboa.
"A posição de Portugal surpreendeu muitos, porque ao contrário dos outros países que exprimiram reservas (ao reconhecimento da independência), Portugal não tem questões territoriais ou de minorias. A posição de Portugal foi assumida por uma questão de princípio. É isto mesmo que queremos demonstrar e é por isso que a posição portuguesa é tão importante", explicou.
Ksenija Milivojevic referia-se ao princípio internacionalmente consagrado da inviolabilidade das fronteiras de um Estado soberano e ao estipulado na resolução 1244 das Nações Unidas que regula a presença internacional no Kosovo desde o conflito de 1999 no sentido de que qualquer alteração de fronteiras depende do acordo das duas partes.
Portugal está entre a minoria de países da União Europeia que não reconheceram até ao momento a independência do Kosovo, declarada unilateralmente pelas autoridades albano-kosovares a 17 de Fevereiro.
O governo português tem afirmado que "tem uma posição" mas que só a anunciará no momento que entender adequado e, em mais de uma ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, afirmou que a declaração de independencia do Kosovo constituiu "uma ruptura do sistema internacional".
Sobre o impacto dos vários reconhecimentos que já foram oficializados, Ksenija Milivojevic considerou que o processo, "obviamente, não está a evoluir da melhor maneira para aqueles que achavam que a independência era um dado adquirido".
"Houve alguma confusão, porque se ignorou que este é um problema complexo que não se resolve de um dia para o outro (…) Os interesses dos sérvios foram ignorados e isso foi muito frustrante para a equipa de negociadores sérvios. Fizemos muitas propostas mas saímos das negociações sem nada", disse, acrescentando que a promessa de independência feita pelo presidente George W. Bush quando visitou a Albânia, quando ainda decorriam as negociações, fez com que "nenhum albanês tivesse qualquer motivação para negociar".
Ksenija Milivojevic participou hoje na conferência "A Sérvia, a União Europeia e a Questão do Kosovo", organizada pela Universidade Lusíada, de Lisboa, e que contou também com a participação de Dusko Lopandic, embaixador da Sérvia em Portugal, Humberto Nuno de Oliveira, da Associação Portugal-Sérvia) e Pedro Caldeira Rodrigues, jornalista.
"A posição de Portugal surpreendeu muitos, porque ao contrário dos outros países que exprimiram reservas (ao reconhecimento da independência), Portugal não tem questões territoriais ou de minorias. A posição de Portugal foi assumida por uma questão de princípio. É isto mesmo que queremos demonstrar e é por isso que a posição portuguesa é tão importante", explicou.
Ksenija Milivojevic referia-se ao princípio internacionalmente consagrado da inviolabilidade das fronteiras de um Estado soberano e ao estipulado na resolução 1244 das Nações Unidas que regula a presença internacional no Kosovo desde o conflito de 1999 no sentido de que qualquer alteração de fronteiras depende do acordo das duas partes.
Portugal está entre a minoria de países da União Europeia que não reconheceram até ao momento a independência do Kosovo, declarada unilateralmente pelas autoridades albano-kosovares a 17 de Fevereiro.
O governo português tem afirmado que "tem uma posição" mas que só a anunciará no momento que entender adequado e, em mais de uma ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, afirmou que a declaração de independencia do Kosovo constituiu "uma ruptura do sistema internacional".
Sobre o impacto dos vários reconhecimentos que já foram oficializados, Ksenija Milivojevic considerou que o processo, "obviamente, não está a evoluir da melhor maneira para aqueles que achavam que a independência era um dado adquirido".
"Houve alguma confusão, porque se ignorou que este é um problema complexo que não se resolve de um dia para o outro (…) Os interesses dos sérvios foram ignorados e isso foi muito frustrante para a equipa de negociadores sérvios. Fizemos muitas propostas mas saímos das negociações sem nada", disse, acrescentando que a promessa de independência feita pelo presidente George W. Bush quando visitou a Albânia, quando ainda decorriam as negociações, fez com que "nenhum albanês tivesse qualquer motivação para negociar".
Ksenija Milivojevic participou hoje na conferência "A Sérvia, a União Europeia e a Questão do Kosovo", organizada pela Universidade Lusíada, de Lisboa, e que contou também com a participação de Dusko Lopandic, embaixador da Sérvia em Portugal, Humberto Nuno de Oliveira, da Associação Portugal-Sérvia) e Pedro Caldeira Rodrigues, jornalista.
