Açoriano Oriental
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Representante da República lembra que votar é um "dever cívico"

O representante da República para os Açores lembrou esta sexta feira, a propósito das próximas eleições no arquipélago, que votar é um "dever cívico" que deve ser exercido mesmo numa altura "muito especial" como a atual, de pandemia de covid-19.

Representante da República lembra que votar é um "dever cívico"

Autor: AO Online/ Lusa

"Se as nossas atividades profissionais, culturais, desportivas e até a nossas vidas pessoais e familiares estão, de certa forma, reduzidas ao essencial, justificar-se-á sair à rua para ir votar? Sem dúvida alguma que sim. Em democracia, exercer o direito de voto é justamente o essencial. É, aliás, o momento mais essencial de uma cidadania ativa e responsável", considerou Pedro Catarino.

A mensagem do responsável foi divulgada a propósito das legislativas regionais de 25 de outubro, no âmbito das quais decorre já neste domingo a votação em antecipada em mobilidade.

"É verdade que a Constituição não associa ao direito de voto uma obrigação jurídica de votar. Não há sanções por não votar. Mas a Constituição frisa claramente que se trata de um dever cívico", acrescentou.

Reconhecendo que "é compreensível que muitos eleitores se sintam tentados a ficar em casa" devido à pandemia, Pedro Catarino sublinhou, todavia, que "para todos aqueles que acreditam na democracia" votar é "uma obrigação indeclinável".

"Para todos aqueles que acreditam que a nossa sociedade enfrenta grandes desafios – na saúde certamente, mas também na educação, no ambiente, no mercado de trabalho, na agricultura ou no turismo – votar é um dever de consciência", sublinhou o representante da República.

E concluiu: "Os Açores têm felizmente sido poupados ao flagelo de saúde pública que continua a abater-se sobre muitas outras regiões e países, pelo que – respeitando um conjunto de medidas de segurança a que já estamos todos habituados – podemos cumprir o nosso dever cívico de votar com toda a confiança e paz de espírito".

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Este ano há 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

O PS foi antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Os eleitores em mobilidade que votam antecipadamente nas eleições regionais dos Açores puderam manifestar essa intenção entre 11 e 15 de outubro e vão votar neste domingo.



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