Covid-19

Reino Unido proíbe viagens ao estrangeiro pelo menos até 17 de maio

A proibição de viagens ao estrangeiro e restrições à entrada no Reino Unido devido a covid-19 vão continuar pelo menos até 17 de maio, enquanto o Governo britânico avalia medidas como a introdução de um certificado de vacinação. 



Ao apresentar um plano de desconfinamento faseado a partir de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje no Parlamento que a decisão sobre as viagens internacionais vai depender de um estudo que terá de ser concluído até 12 de abril, “para que as pessoas possam fazer planos para o verão”. 

No entanto, o plano oficial, entretanto publicado, diz que as viagens ao estrangeiro, atualmente proibidas sem uma justificação válida, não serão reabertas antes de 17 de maio. 

"No curto prazo, o Governo vai continuar a proteger o progresso da vacinação e a mitigar o risco representado por variantes importadas”, refere o documento.

A decisão sobre quando as viagens internacionais podem ser retomadas vai “depender do quadro epidemiológico internacional e nacional, da prevalência e localização de quaisquer variantes preocupantes, do progresso da distribuição de vacinas aqui e no estrangeiro, e o que mais o Governo aprender sobre a eficácia das vacinas sobre as variantes e o impacto na transmissão, hospitalização e mortes”, especifica.

Além de ser proibido fazer férias ou viajar sem um motivo válido para o estrangeiro, todas as pessoas que chegam ao Reino Unido são obrigadas a apresentar um teste ao novo coronavirus com resultado negativo feito até 72 horas antes do embarque e a cumprir uma quarentena de 10 dias à chegada. 

Portugal e outros 32 outros países, atualmente numa “lista vermelha” de países de risco agravado de transmissão de variantes do coronavírus, nomeadamente do Brasil e África do Sul, pelo que todos os viajantes têm de cumprir a quarentena num hotel designado pelas autoridades a um custo de 1.750 libras (2.025 euros) por pessoa.  

Durante a quarentena, as pessoas são testadas no segundo e oitavo dia e, se o diagnóstico for positivo, têm de prolongar o período em isolamento. 

O Governo britânico disse querer trabalhar com a indústria para "aliviar as restrições às viagens internacionais de forma gradual e sustentável”, mas diz que pretende continuar a gerir o risco através de testes e quarentena.

"A vacinação pode oferecer um caminho para esse retorno seguro e sustentável”, e o Governo admite "tentar introduzir um sistema que permita a indivíduos vacinados viajarem internacionalmente com maior liberdade".

No entanto, também refere que "qualquer sistema desse tipo levará tempo a ser implementado” e que vai depender dos estudos sobre a eficácia das vacinas e a imunização ser generalizada para a medida não penalizar aqueles que não tenham acesso às vacinas. 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, revelou hoje um plano de quatro etapas para levantar o confinamento em vigor em Inglaterra, que começa em 08 de março com o regresso às aulas presenciais e pretende alcançar em 21 de junho o fim de todas as restrições a contactos sociais e atividades económicas.  

O Reino Unido registou nas últimas 24 horas mais 178 mortes, elevando o total desde o início da pandemia covid-19 para 120.757 óbitos, o balanço mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.


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João Dâmaso Moniz é diretor-geral da Escola Profissional da Ribeira Grande. Foi neste contexto que liderou a lista única, com várias escolas, candidata à Associação de Escolas Profissionais dos Açores, tendo sido eleito presidente da direção da AEPA no passado dia 12 de dezembro para os próximos três anos. Em entrevista ao Açoriano Oriental, João Dâmaso Moniz fala dos desafios que se colocam atualmente ao ensino profissional nos Açores.