Autor: Lusa/AO online
Na mensagem eletrónica enviada para a caixa de correio pessoal do realizador, - que consulta diariamente os seus e-mails - disponibilizada no site da Presidência da República, Cavaco Silva felicita Manoel Oliveira, “em nome de todos os portugueses”, pelo seu aniversário, “mas também pela sua admirável carreira”. Para o Presidente, a forma “entusiasmada” como aos 102 anos o realizador fala dos seus projetos e dos filmes que ainda vai realizar “é, sem dúvida, uma fonte de inspiração para todos e uma prova de que não existe idade para parar de perseguir os sonhos”. O realizador português Manoel de Oliveira celebra hoje no Porto 102 anos, em família e a descansar, e no domingo estará em Santa Maria da Feira a propósito de cinema, para mostrar o mais recente filme que rodou, "O estranho caso de Angélica". Já lá vão quase oitenta anos desde que Manoel de Oliveira, então com 23 anos, estreou a curta-metragem documental "Douro, faina fluvial", um fresco mudo, a preto e branco, sobre a relação do Porto com o rio Douro. Esse filme foi feito com uma câmara de filmar oferecida pelo pai e com a ajuda do amigo e fotógrafo António Mendes. A estreia desse filme aconteceu a 19 de setembro de 1931, no mesmo dia em que morreu Aurélio da Paz dos Reis, considerado o pai do cinema português. Agora, que Manoel de Oliveira tem 102 anos e que o cinema já é também em 3D, "Douro, faina fluvial" voltou pela primeira às salas comerciais restaurado e remasterizado a acompanhar a exibição de um dos mais conhecidos filmes dele, "Aniki Bobó" (1942).