Autor: Lusa/AO Online
Duarte Freitas falava aos jornalistas no início das jornadas do grupo parlamentar do PSD no parlamento dos Açores, em Ponta Delgada, durante as quais o partido vai preparar o debate do orçamento da região para 2015 e definir o seu sentido de voto.
As jornadas, afirmou, são “o seguimento” do “trabalho” das últimas semanas, em que percorreu as nove ilhas e os 19 concelhos dos Açores “auscultando os cidadãos e as forças vivas” do arquipélago em relação aos documentos orçamentais para 2015 que o Governo Regional submeteu ao parlamento.
Segundo Duarte Freitas, “em todas as ilhas” ouviu da parte dos açorianos “referências sobre a sua preocupação e aquilo que é, de alguma forma, um Governo [Regional] que gasta milhões mas põe as pessoas a viver com tostões”.
“Deparei com algum desânimo, muita preocupação, face ao desemprego, à pobreza, aos cada vez piores serviços sociais, desde logo, na saúde, aos problemas na educação. E constatei, como me dizia uma pessoa na Graciosa, que este é um Governo [Regional] dos bons anúncios mas dos maus resultados, infelizmente”, afirmou.
Duarte Freitas diz que o PSD quer ser “a voz dos açorianos” que ouviu nas últimas semanas e vai definir ao longo destas jornadas, que terminam na quinta-feira, o seu sentido de voto em relação ao Plano e Orçamento dos Açores para 2015, “tendo em conta” aquilo que lhe foram transmitindo ao longo deste périplo pelas ilhas.
O PSD, como maior partido da oposição nos Açores, tem “a responsabilidade e a obrigação de abrir outras portas de diálogo com as pessoas” numa região governada por um executivo “estafado” e que não quer “verdadeiramente” ouvir os cidadãos, acrescentou.
Em relação aos documentos orçamentais para 2015, reiterou que a “preocupação” e a “prioridade” do PSD “é o social”.
“Há um flagelo social neste momento nos Açores, com o desemprego, com a pobreza”, sublinhou, acrescentou que “há depois, em termos estruturais” que “recompor” e “reconstruir” a economia açoriana, “para que ela possa criar riqueza e gerar postos de trabalho sustentados”.
“Mas neste momento temos de nos preocupar com as vítimas da governação socialista, que são aqueles que passam imensas dificuldades”, vincou.