Açoriano Oriental
IL/Convenção
PS saúda liberais mas distancia-se de "radicalismo" na economia

O deputado e dirigente socialista Porfírio Silva saudou hoje a Iniciativa Liberal pela eleição do novo líder, Rui Rocha, mas distanciou-se do “radicalismo em matéria económica” deste partido, enaltecendo conquistas do Governo de António Costa.

PS saúda liberais mas distancia-se de "radicalismo" na economia

Autor: Lusa /AO Online

Em declarações aos jornalistas após o encerramento da VII Convenção Nacional da IL, no Centro de Congressos de Lisboa, que elegeu Rui Rocha como novo presidente, o socialista Porfírio Silva começou por saudar os liberais.

“É um partido que está nas instituições democráticas, é importante que quem tem ideias para o país se organize e as apresente ao país e possa apresentar projetos e, portanto, saudamos democraticamente a convenção da IL e o seu novo presidente”, disse o dirigente da Comissão Permanente do PS.

Para Porfírio Silva – que esteve presente em representação do PS juntamente com Susana Amador, deputada e também membro da Comissão Permanente dos socialistas – “é evidente que é bom que haja alternativas” mas o PS tem “ideias muito claras” quanto às concordâncias e discordâncias com a IL.

“Nós não podemos concordar com o radicalismo da IL em matéria económica, não podemos aceitar que os mais fortes devorem os mais fracos em nome de uma conceção abstrata de liberdade”, defendeu.

Para os socialistas, “as pessoas concretas precisam de condições concretas para ter liberdade concreta”.

“E, portanto, acreditamos na redistribuição, acreditamos no combate às desigualdades sociais, acreditamos e praticamos”, disse, salientando que segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística, “comparado com 2015” hoje Portugal tem “menos 734 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão”.

“Isto não significa que está tudo feito, significa que temos que continuar. E também que temos sabido conciliar o combate às desigualdades com o crescimento económico”, rematou.

O dirigente socialista rejeitou comentar a notícia avançada hoje pelo jornal ‘Público’ de que a ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, não declarou ao Tribunal Constitucional a indemnização de 500 mil euros da TAP como é exigido pela lei.

“Viemos aqui para saudar democraticamente a IL e queremos uma democracia viva com várias alternativas. Não vamos a casa de um amigo para jantar para depois estar a dizer mal do vizinho”, respondeu.



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