Açoriano Oriental
PS considera que o Governo "caiu definitivamente"
O PS considerou que a demissão do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, representa que o Governo caiu "definitivamente" e que a sua substituta no cargo, Maria Luís Albuquerque, "está ferida de credibilidade".

Autor: Lusa/AO Online

A posição foi transmitida pelo porta-voz do PS, João Assunção Ribeiro, que exigiu a realização de eleições legislativas antecipadas.

"O Governo caiu definitivamente", declarou João Ribeiro, em conferência de imprensa, a meio de uma reunião do Secretariado Nacional, em reação à substituição de Vítor Gaspar como titular das pastas de Estado e das Finanças por Maria Luís Albuquerque, até agora secretária de Estado do Tesouro.

De acordo com o porta-voz do PS, a demissão de Vítor Gaspar "ilustra o fim do Governo", depois de já ter "violado as promessas eleitorais, perdido credibilidade e autoridade, exigindo sacrifícios aos portugueses e falhando todas as metas".

"O Governo isolou-se dos portugueses, ignorou o diálogo político e dos parceiros sociais e transformou-se no principal fator de instabilidade política. Hoje este Governo caiu definitivamente. O país precisa de um novo Governo, que equilibre as contas públicas por via do crescimento e do emprego, que una e não divida os portugueses", sustentou.

Sobre a remodelação em curso no executivo PSD/CDS, João Ribeiro declarou que o PS "considera que a nova ministra indigitada [Maria Luís Albuquerque] está ferida de credibilidade por tudo aquilo que o país já conhece" - uma alusão ao caso das 'swap', contratos de crédito de risco celebrados por diversas empresas públicas.

Para o dirigente do PS, a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Vítor Gaspar "é aliás mais um sinal evidente de isolamento do Governo".

"É uma solução de recurso e que revela bem o estado em que o Governo está", advogou o porta-voz do PS, antes de responsabilizar o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pela atual situação no executivo e no país.

"Nada disto pode iludir que há um responsável por esta orientação política, que é o primeiro-ministro. Não é pelo facto de se trocar o executante principal pelo adjunto do executante principal que se vai mudar de política. Estamos perante uma substituição que não merece ao PS nenhum especial comentário, para além desse de o país compreender que é alguém [nova ministra] que está ferida de credibilidade", acrescentou.

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