Açoriano Oriental
Protecção Civil intervém em casa que ameaça cair
Uma família vive no centro de Lisboa numa casa da câmara em ruínas à espera de realojamento há cerca de dois anos e meio, e perante a ameaça de derrocada, a Protecção Civil foi obrigada a intervir.
Protecção Civil intervém em casa que ameaça cair

Autor: Lusa / AO online
Maria Cristina Antero Anastácio, de 55 anos, mora com os três irmãos há 44 anos numa casa da Câmara Municipal de Lisboa que lhes foi entregue provisoriamente.

Segundo Maria Cristina "há 44 anos a casa já era velha e foi o pai que a arranjou na altura".

Esta empregada de limpeza diz que quando casou e os filhos nasceram pediu "desdobramento, mas não foi possível".

Durante estes anos Maria Cristina viu sempre a sua situação como provisória e não se cansou de lutar por melhores condições de habitação para os seus irmãos e filhos, mas nunca obteve resposta.

A esperança voltou quando, há dois anos e meio, recebeu um postal da Câmara Municipal de Lisboa para ser realojada com os irmãos mas "têm surgido sempre contratempos e continuamos há espera".

Nos últimos dias a condição de degradação da casa piorou, "o tecto está a cair, bem como as paredes, há infiltrações por todo o lado".

Na quarta-feira a assistente social foi a casa de Maria Cristina e aconselhou-a a chamar os bombeiros porque "a casa estava em risco".

A moradora não sabe como será resolvida a sua situação e por isso recusa-se a sair dali "sem uma chave na mão", e quando confrontada com o desconforto da casa, explica que já estão "habituados a apanhar frio".

Confrontada com este problema, a responsável pelo departamento de Protecção Civil, Ana Lencastre, afirma que "já foi avaliada a situação pelos serviços técnicos de obra dos serviços de habitação da Câmara Municipal de Lisboa que interditaram um quarto".

Ana Lencastre acrescenta ainda que "estes serviços verificaram que há necessidade de tirar as pessoas mas não é urgente, não estão em risco iminente".

A responsável pela protecção civil sublinha que "já foi contactada a Segurança Social", que tem em mãos o processo de realojamento desta família, no sentido de o apressar.

Ana Lencastre garante que "a protecção civil está atenta" e se a situação se agravar intervirão de imediato.
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