Açoriano Oriental
Primeiro ano das "low cost" nos Açores colocou destino na moda
O primeiro ano da presença das companhias aéreas de baixo custo nos Açores colocou a região na moda, mas o Governo Regional considera que é preciso continuar a trabalhar para o destino manter a notoriedade.
Primeiro ano das "low cost" nos Açores colocou destino na moda

Autor: Lusa/AO Online

 

“Os Açores, neste momento, usufruem de um bom nível de notoriedade que é necessário continuar a trabalhar para manter. Se isso é estar na moda, temos de trabalhar permanentemente para estarmos sempre na moda”, disse à agência Lusa o secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, a propósito da passagem do primeiro ano sobre a liberalização das ligações aéreas entre duas ilhas dos Açores e o continente.

Na terça-feira assinala-se um ano sobre o primeiro voo de uma “low cost” para Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, para onde passaram a voar as companhias Ryanair e a easyJet, que se juntaram à SATA e TAP.

A liberalização contempla as rotas entre Ponta Delgada e Lisboa e Porto, e entre Terceira e Lisboa e Porto, mas nesta ilha continua por executar.

Para Vítor Fraga, a liberalização insere-se num novo modelo de acessibilidades que é “mais vasto” e que, no seu entender, acabou por “trazer benefícios para todas as ilhas, porque consegue criar condições de conjugação entre rotas liberalizadas e rotas sujeitas a obrigações de serviço público”.

“Vem proporcionar aquilo que era um dos nossos principais objetivos, criar condições para entrarem novos operadores no mercado e, com isso, [verificar-se] uma redução no custo da acessibilidade”, declarou, destacando que, atualmente, “é fácil encontrar passagens a um terço do valor do que era praticado” no passado.

Segundo dados fornecidos pela Secretaria Regional, em 2015 desembarcaram nos aeroportos da região 1,1 milhões de pessoas, mais 21,2% do que no ano anterior.

Já ao nível do alojamento, os Açores registaram o ano passado 1,5 milhões de dormidas no arquipélago, um acréscimo de 22,7% comparativamente a 2014. Estes dados incluem a hotelaria tradicional, o turismo em espaço rural, o alojamento local, colónias de férias, pousadas da juventude e parques de campismo.

Vítor Fraga reafirmou que 2015 “foi o melhor ano de sempre” para o turismo dos Açores, destacando outros efeitos multiplicadores da liberalização.

“Existe um conjunto de novos empreendimentos que irão abrir ainda no decorrer do ano de 2016 ao nível da hotelaria tradicional, o que totaliza 656 novas camas” na região, exemplificou, acrescentando que “existem já, igualmente, pedidos de licenciamento prévio para o ano de 2017 que totalizam 956 camas e isto apenas ao nível da hotelaria tradicional”.

O governante admitiu que neste “ano zero” da liberalização das ligações aéreas houve “constrangimentos pontuais”, acreditando, contudo, que em 2016 a situação estará ultrapassada.

“Houve situações pontuais de constrangimentos quer do número de lugares, quer de preços muito elevados ao nível da acessibilidade”, afirmou Vítor Fraga, convicto de que “este ano esta situação será fortemente atenuada, porque daquilo que é a oferta pública conhecida das várias operadoras que trabalham para a região, há um incremento de 70 mil lugares só no verão IATA (sigla em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo) em relação ao ano anterior”.

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