Autor: Lusa /AO Online
Após se ter lesionado num treino do FC Porto, no início de outubro, o veterano central, de 39 anos, ficou várias semanas afastado da competição, na altura colocando-se a dúvida sobre se estaria em condições de ser participar na fase final.
“Quando me lesionei, não dormia. Queria recuperar o mais rápido possível, para poder estar aqui a disputar mais um Mundial na minha carreira e dar o contributo à minha seleção. Foi um caminho longo para estar aqui, mas agora é olhar em frente”, contou, em conferência de imprensa, de antevisão ao jogo com a Coreia do Sul, na sexta-feira.
De resto, o central agradeceu o contributo dos departamentos médicos do FC Porto e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na recuperação e, perante a insistência nas questões sobre a sua condição física, foi perentório.
“Se estou aqui, na seleção, é porque estou apto para poder jogar”, salientou o defesa, que não foi titular na estreia com o Gana, mas acabou por ser lançado de início frente ao Uruguai, face à lesão de Danilo Pereira.
Após participações nos Mundiais de 2010, 2014 e 2018, Pepe disse querer “desfrutar ao máximo” da quarta presença num Campeonato do Mundo, não revelando se este será o último em que jogará, e elogiou a nova geração de centrais lusos, entre os quais António Silva e Rúben Dias, que também estão integrados na seleção.
“Sou um privilegiado por poder jogar futebol. Temos grandes jogadores. Espero que o António possa fazer o seu percurso naturalmente, como fez o Rúben Dias quando foi ao Mundial da Rússia [em 2018, com 21 anos]. Quero desejar ao António a melhor sorte, porque será também a nossa sorte. Que possa jogar e ajudar Portugal”, disse.