PCP realça campanha participada sem reconhecer ainda a derrota

O membro da comissão política do Comité Central do PCP Rui Fernandes sublinhou a participação popular na campanha presidencial de Edgar Silva, ao comentar as projeções de resultados das televisões, sem reconhecer ainda a eventual derrota.


 

"O nosso objetivo não era competir com Marisa Matias ou outro candidato. Era derrotar a candidatura da direita [Marcelo Rebelo de Sousa]. Foi o objetivo colocado no início e não deixa de ser o objetivo no fim", afirmou no centro de trabalho comunista da Avenida da Liberdade, Lisboa, questionado sobre o facto de a candidata apoiada pelo BE poder vir a ficar no terceiro posto, enquanto Edgar Silva teria o pior resultado de sempre de um militante do PCP, entre 1,9 e 4,9%.

O dirigente comunista realçou que "a campanha trouxe elementos fundamentais de conteúdo, que afirmou a sua conceção no que respeita aos poderes constitucionais, constituição laboral e de justiça social, elementos que perduram para além do resultado desta noite".

"Fizemos uma campanha como mais nenhuns outros fizeram. Naquilo que é a mobilização e participação dos cidadãos na campanha eleitoral tivemos um contributo que não tem comparação com nenhuma outra", destacou.

Inquirido sobre o eventual triunfo à primeira volta de Rebelo de Sousa significar um desaire para os comunistas, Rui Fernandes adiou qualquer tomada de posição para quando se confirmar tal cenário.

"Não há derrotas do PCP. O PCP colocou e lutou por objetivos. Independentemente do resultado alcançado, todo o trabalho, campanha, debate, esclarecimento feitos perdurarão para além dos dias de hoje. O objetivo fundamental era a derrota da candidatura da direita. Veremos se haverá ou não segunda volta, mais à frente", disse.

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