Autor: Lusa/AO online
À cerimónia, que decorreu no interior da basílica de São Pedro, assistiram pelo menos 50 peregrinos portugueses da Associação Mãos Unidas Padre Damião Portugal. "A figura do padre Damião convida-nos a abrir os olhos perante a lepra, que desfigura os nossos irmãos, e exorta-nos a oferecer-lhes não só a nossa generosidade, mas também a nossa presença", disse Bento XVI na cerimónia. Ratzinger pediu apoio para as pessoas que "lutam contra a lepra com generosidade" e que esse apoio não seja entravado por "ignorância ou cobardia". O padre Damião, sacerdote belga nascido perto de Lovaina, morreu há 120 anos com lepra, doença que contraiu ao fim de vários anos a prestar apoio e assistência aos leprosos da "ilha maldita" de Molokai, nas Ilhas Havai. O seu exemplo de dedicação e amor aos leprosos causou admiração em todo o mundo e deu origem à Associação Belga Padre Damião, que actualmente está presente em mais de 25 países, curando mais de 400 mil leprosos por ano. Em Portugal foi também criada uma instituição de apoio aos leprosos e às vítimas de doenças endémicas tropicais, a Associação Portuguesa de Solidariedade Mãos Unidas Padre Damião, que possui 38 centros de ajuda nos 20 países onde desenvolve actividade. Além do padre Damião, o papa Bento XVI declarou hoje novos santos da Igreja Católica o padre Francisco Coll y Guitart e o monge Rafael Baron, ambos espanhóis, o arcebispo polaco Zygmunt Felinski e a religiosa francesa Marie de la Croix. Esta foi a sétima cerimónia de canonização do pontificado de Bento XVI, seis realizadas no Vaticano e uma no Brasil, em Maio de 2007.