Açoriano Oriental
Pandemia levou mais de 18 mil açorianos a trabalhar em casa

Mais de 18 mil açorianos estiveram em teletrabalho no segundo trimestre devido à pandemia, o que equivale a 16,4% da população empregada.


Pandemia levou mais de 18 mil açorianos a trabalhar em casa

Autor: Ana Carvalho Melo

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), dos 18400 trabalhadores açorianos em teletrabalho, 16 400 pessoas (89,1% em termos relativos) deram como razão principal para terem trabalhado a partir de casa a pandemia de Covid-19 entre abril e junho.
Estes resultados fazem parte do módulo sobre ‘Trabalho a partir de casa’ do Inquérito ao Emprego, ontem publicado pelo INE, cuja população-alvo deste módulo é composta pela população empregada, estimada em 4,7 milhões de pessoas no total do país.


Os Açores foram a região em que se observou uma menor proporção de empregados que trabalharam sempre ou quase sempre em casa (16,4%), enquanto a Área Metropolitana de Lisboa foi a região que registou maior proporção de trabalhadores sempre ou quase sempre em casa (36%).
No total do país, um milhão de pessoas esteve em teletrabalho no segundo trimestre sobretudo devido à Covid-19, o equivalente a 23,1% da população empregada, enquanto mais de 600 mil não trabalharam nem no emprego, nem em casa.


“A população empregada que indicou ter exercido a sua profissão sempre ou quase sempre em casa na semana de referência ou nas três semanas anteriores foi estimada em 1094,4 mil pessoas”, destaca o INE.


Segundo o gabinete de estatística, a população que trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa entre abril e junho trabalhou, em média, 33 horas por semana, mais 8 horas do que a população que não trabalhou em casa ou que não trabalhou sempre ou quase sempre em casa (25 horas, em média). 
A diferença entre estas médias de horas semanais pode ser explicada, segundo o INE, pelo elevado aumento da população empregada ausente do trabalho na semana de referência, nomeadamente como consequência do regime de ‘lay-off’ simplificado, e cujas horas trabalhadas (zero) foram contabilizadas neste indicador, assim como pela redução da jornada de trabalho que pode ter ocorrido em algumas empresas.


Para exercer a sua atividade profissional em teletrabalho 17.200 açorianos revelaram que utilizaram tecnologias de informação e comunicação, o que representou 93,6% das pessoas que trabalharam sempre ou quase em casa no segundo trimestre. 
Em termos de equipamentos, dos açorianos em teletrabalho, 8400 revelaram que precisavam de utilizar o computador e smartphone e 7500 apenas o computador.
Este trabalho revela ainda que durante o segundo trimestre, houve 14.500 açorianos que não trabalharam no emprego principal, das quais 9300 (64,4%) revelaram que a principal razão foi a pandemia de Covid-19.


No total do país, houve 643,8 mil pessoas empregadas que indicaram que não trabalharam devido à pandemia, tendo esta percentagem sido mais elevada no Algarve (85,4%), Região Autónoma da Madeira (81,8%) e região Centro (80,6%), assim como entre os que completaram o ensino secundário ou pós-secundário não superior (83%) e trabalham por conta própria (91,3%). Entre as atividades económicas que constituem o setor dos serviços, as atividades de alojamento, restauração e similares foram as mais afetadas (92%). De forma semelhante, também o foram os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (81,7%).

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