Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à Lusa, Ana Monteiro, da Blue Azores, que apoia a Cool Açores - Convenção das Organizações para um Oceano Limpo, uma iniciativa promovida pela Fundação Oceano Azul, refere que o evento é dedicado a todas as organizações que se dedicam no país “à preservação e conservação dos oceanos”.
É caso de cidadãos e organizações não governamentais (ONG) que promovem a limpeza das orlas costeiras e subquáticas, a par da promoção da literacia marinha.
Ana Monteiro refere que a Cool pretende promover “melhores práticas” da conservação dos oceanos.
“Como as ONG são intermediárias entre a sociedade civil e os governos, pretendemos debater nestes eventos temas que são atuais e importantes, alguns dos quais sugeridos por estas organizações”, refere.
Ana Monteiro afirma que a edição deste ano da Cool vai colocar um “foco especial no esclarecimento da proposta da revisão das áreas marinhas protegidas dos Açores”.
Aquele elemento da Blue Azores considera que é “muito importante que os ONG estejam esclarecidas para levarem a informação à sociedade” sobre as áreas marinhas protegidas.
Ana Monteiro está convicta que “existe um consenso na sociedade açoriana que é importante proteger o mar dos Açores”, em que todos têm um papel a desempenhar.
A Cool pretende também recolher as opiniões das ONG que andam no terreno e possuem uma ligação às suas comunidades, sobre as áreas marinhas protegidas.
Em 14 de junho, o Governo dos Açores entregou na Assembleia Legislativa Regional a proposta da nova Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), uma “etapa significativa” na proteção do mar da região.
“Esta é mais uma etapa importante para ter 30% do mar dos Açores protegido até 2030, num compromisso que reúne consenso nacional e internacional e onde os Açores têm assumido uma posição de liderança na prossecução desta meta”, referiu, na altura, o Governo dos Açores em nota divulgada.
A proposta, acrescentou, “define prazos para a efetiva implementação e o enquadramento para uma restruturação do setor da pesca e para uma melhor monitorização e fiscalização”.
Prevê ainda “um princípio de gestão adaptativa, permitindo uma revisão cíclica de acordo com o conhecimento científico mais atualizado”.
Para o executivo açoriano, a nova RAMPA “será um instrumento fundamental na recuperação e conservação da biodiversidade marinha, a partir da qual se poderá acentuar uma verdadeira economia azul sustentável”.