Autor: Miguel Bettencourt Mota
O vírus, aprofunda a mesma nota, transmite-se por contacto direto entre coelhos doentes, contato com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de objetos contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.
O executivo açoriano, através da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, informa ainda que a salvaguarda das culturas agrícolas, em situações pontuais e localizadas, será sempre possível com o recurso à correção da densidade populacional do coelho-bravo.
No final de novembro decorreu na ilha de São Miguel uma nova recolha de amostras de coelho-bravo para dar continuidade ao estudo sobre a evolução da Doença Hemorrágica Viral (DHV2) nos Açores, implementada pela Direção Regional dos Recursos Florestais, com a colaboração do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-UP), que ocorre desde 2015.
A
nova variante do vírus da Doença Hemorrágica Viral, identificada em
França em 2010 e que em 2012/13 desencadeou um surto no continente
português, com uma elevada taxa de mortalidade, chegou aos Açores em
novembro de 2014, tendo sido a Graciosa a primeira ilha a ser afetada.