Açoriano Oriental
Novo documentário mostra a história das festas açorianas na Califórnia

Um documentário sobre a história das festas açorianas na Califórnia estreou no Carnegie Museum de Kings County, um condado do vale central onde há uma grande presença de comunidades de origem portuguesa.

Novo documentário mostra a história das festas açorianas na Califórnia

Autor: Lusa /AO Online

O trabalho, que incluiu tanto imagens históricas como festas e entrevistas recentes, foi realizado pelo Instituto Português Além-Fronteiras (PBBI, na sigla inglesa) com o apoio da FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

“É uma peça documental sobre o que é uma festa e porque se fazem na Califórnia”, disse à Lusa Diniz Borges, presidente do PBBI.

“A essência é apresentar um documento não só da comunidade em geral mas, de uma forma específica, para os lusodescendentes que muitas vezes vão mas não sabem o que é uma Festa do Espírito Santo na Califórnia”.

O PBBI, em parceria com o Departamento de Media, Comunicação e Jornalismo da Universidade Estadual da Califórnia em Fresno, pretende levar o documentário a vários festivais de curtas-metragens, motivo pelo qual o trabalho tem 20 minutos.

“Com a particularidade de ser uma tradição já com cem anos na Califórnia, queríamos muito concorrer a vários festivais para dar alguma projeção a esta tradição”, explicou o responsável.

“Festa: A History of Central California’s Azorean Celebrations” (Festa: Uma História das Celebrações Açorianas no Centro da Califórnia) oferece um retrato abrangente de como a comunidade luso-americana nesta região tem celebrado crenças e costumes.

Incluiu 15 entrevistas com luso-americanos ligados à celebração e imagens de uma festa captada na pequena cidade de Selma, a cerca de 30 quilómetros de Fresno, onde a tradição já é centenária.

“É uma comunidade muito antiga. Praticamente todas as pessoas envolvidas na Festa do Espírito Santo de Selma são de segunda e terceira geração”, explicou Diniz Borges. “Há pouquíssimos emigrantes”.

Foi por isso que a equipa escolheu este salão português e a sua festa.

“A intenção era tentar dizer que, apesar de termos preocupações sobre como passar isto às novas gerações, as festas realmente têm passado”, indicou o professor. “Na Festa de Selma são todos filhos, netos ou bisnetos de emigrantes”.

As imagens foram captadas entre 2021 e 2022, com entrevistas a diversas personalidades da comunidade. Há uma senhora que confeciona as capas das rainhas, dois cozinheiros das sopas do Espírito Santo e três ex-rainhas de várias gerações. Há também imagens de festas em Tulare, Hanford, Chowchilla e Turlock.

“É um documentário de 20 minutos que conta como a festa começa e como acaba”, resumiu Diniz Borges.

A estreia no museu, situado em Hanford, está inserida numa exposição que ao longo deste ano vem destacando a presença portuguesa no centro da Califórnia. Começou com uma primeira parte sobre os pioneiros no condado de Kings, dedicou-se agora às festas e tradições populares, e terá uma terceira parte em setembro sobre os portugueses ligados à indústria agropecuária.

“O museu tem feito um trabalho fenomenal com esta exposição sobre os portugueses naquela zona”, frisou o presidente do PBBI.

Após a estreia, o instituto vai exibir o documentário num evento marcado para o final de setembro no Salão do Espírito Santo em Selma. A partir de 01 de outubro, estará disponível ao público através do site do PBBI, nos canais de acesso público em Fresno e no YouTube.

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