Autor: Lusa/AOonline
O director do MD, Fernando Maia Pinto, referiu que o I Encontro de Museus da Vinha e do Vinho, que começou esta quinta-feira, pretende ser o primeiro passo para a criação desta rede ligada à vinicultura.
“O MD tem vindo a criar elos de ligação com outros museus que têm como missão o património vitivinícola, quer sejam da região, do resto do país e até do estrangeiro”, afirmou.
A rede, explicou, pode funcionar através da permuta de experiências, de atitudes, da co-produção de exposições ou trabalhos e de informações, com divulgação conjunta através da Internet.
A internacionalização deste projecto pode acontecer já com a adesão do Museu do Vinho de Paris (França).
Monique Josse, responsável por esta unidade museológica, mostrou-se interessada na ideia, salientando que o “vinho é internacional”.
Monique e o marido, Claude Josse, também da direcção do Museu do Vinho de Paris, participaram no encontro de hoje precisamente para dar a conhecer aquele museu, criado em 1984 e que recebe uma média anual de 50 mil visitantes, 50 por cento dos quais são estrangeiros.
“Menos de um por cento dos nossos visitantes estrangeiros são portugueses”, indicou à Lusa a responsável.
Monique Josse falou ainda das dificuldades de criar esta unidade museológica, principalmente porque as “pessoas não associam o vinho a Paris”.
Para atrair os visitantes, o museu tem em exposição diferentes objectos e personagens de cera que ilustram o universo do vinho e promove cursos de vinho com degustação, associando esta bebida aos queijos franceses ou ao chocolate.
Além do museu francês, participaram no encontro de hoje representantes de oito museus nacionais ligados à temática da vinicultura.
Hoje, na Régua, juntaram-se as duas regiões vinícolas portuguesas classificadas como Património Mundial pela UNESCO, o Douro e o Pico (Açores).
Manuel da Costa Júnior, que representa no encontro o Museu do Vinho do Pico, informou que esta instituição está em fase de implementação e pretende ser um lugar de memória da história do verdelho, o vinho característico desta ilha e que “quase desapareceu”.
O Museu Rural e do Vinho do Cartaxo está em processo de requalificação e ampliação, num projecto de cerca de cinco milhões de euros assinado por Álvaro Siza Vieira, filho do famoso arquitecto português.
António Nabais, responsavel daquele Museu, assinalou que a reestruturação deste ocorre no âmbito do projecto Capital do Vinho.
Por sua vez, Luísa Romão, investigadora nas áreas da história e da museologia da vinha e do vinho, chamou a atenção para o Museu do Vinho de Alcobaça, que considerou ter o “maior espólio” do país mas que está fechado desde 2007.
Segundo referiu, aquela unidade museológica possui cerca de 6000 metros quadrados de área e 10.500 peças, das quais 5000 são rótulos e 3000 garrafas.
O Ministério da Agricultura resolveu passar a gestão deste museu para a autarquia de Alcobaça, um processo que terá de estar concluído até ao final do ano.
Luísa Romão disse esperar que o processo sirva para dar uma nova dinâmica ao museu, mas alertou para a necessidade de “não se espalhar o espólio” do mesmo.
O seminário de hoje deu ainda a conhecer a primeira enoteca interactiva do país, que está instalada na Quinta da Avessada, em Alijó, a rota dos vinhos da Península de Setúbal - um projecto do Museu Municipal de Palmela -, o Museu do Vinho do Porto, o Museu Regional do Vinho do Redondo e ainda o Museu da Vinha, do Vinho e da Cultura da Região de Colares.
O segundo dia deste encontro, sexta-feira, tem como palco São João da Pesqueira, onde será debatido o futuro núcleo museológico desta vila, que está inserido na rede de pólos museológicos do MD, e tem como tema central o vinho do Douro, elemento basilar da economia regional.
A vice-presidente da autarquia, Maria do Céu Vilela, referiu que o encontro tem com objectivo “colher opiniões e contributos da sociedade civil” para a criação desta unidade museológica, que será alvo de uma candidatura conjunta entre o MD e a câmara.
Também em São João da Pesqueira, o MD vai inaugurar uma exposição sobre diferentes projectos e colecções associadas a diversas regiões vitícolas nacionais.
“O MD tem vindo a criar elos de ligação com outros museus que têm como missão o património vitivinícola, quer sejam da região, do resto do país e até do estrangeiro”, afirmou.
A rede, explicou, pode funcionar através da permuta de experiências, de atitudes, da co-produção de exposições ou trabalhos e de informações, com divulgação conjunta através da Internet.
A internacionalização deste projecto pode acontecer já com a adesão do Museu do Vinho de Paris (França).
Monique Josse, responsável por esta unidade museológica, mostrou-se interessada na ideia, salientando que o “vinho é internacional”.
Monique e o marido, Claude Josse, também da direcção do Museu do Vinho de Paris, participaram no encontro de hoje precisamente para dar a conhecer aquele museu, criado em 1984 e que recebe uma média anual de 50 mil visitantes, 50 por cento dos quais são estrangeiros.
“Menos de um por cento dos nossos visitantes estrangeiros são portugueses”, indicou à Lusa a responsável.
Monique Josse falou ainda das dificuldades de criar esta unidade museológica, principalmente porque as “pessoas não associam o vinho a Paris”.
Para atrair os visitantes, o museu tem em exposição diferentes objectos e personagens de cera que ilustram o universo do vinho e promove cursos de vinho com degustação, associando esta bebida aos queijos franceses ou ao chocolate.
Além do museu francês, participaram no encontro de hoje representantes de oito museus nacionais ligados à temática da vinicultura.
Hoje, na Régua, juntaram-se as duas regiões vinícolas portuguesas classificadas como Património Mundial pela UNESCO, o Douro e o Pico (Açores).
Manuel da Costa Júnior, que representa no encontro o Museu do Vinho do Pico, informou que esta instituição está em fase de implementação e pretende ser um lugar de memória da história do verdelho, o vinho característico desta ilha e que “quase desapareceu”.
O Museu Rural e do Vinho do Cartaxo está em processo de requalificação e ampliação, num projecto de cerca de cinco milhões de euros assinado por Álvaro Siza Vieira, filho do famoso arquitecto português.
António Nabais, responsavel daquele Museu, assinalou que a reestruturação deste ocorre no âmbito do projecto Capital do Vinho.
Por sua vez, Luísa Romão, investigadora nas áreas da história e da museologia da vinha e do vinho, chamou a atenção para o Museu do Vinho de Alcobaça, que considerou ter o “maior espólio” do país mas que está fechado desde 2007.
Segundo referiu, aquela unidade museológica possui cerca de 6000 metros quadrados de área e 10.500 peças, das quais 5000 são rótulos e 3000 garrafas.
O Ministério da Agricultura resolveu passar a gestão deste museu para a autarquia de Alcobaça, um processo que terá de estar concluído até ao final do ano.
Luísa Romão disse esperar que o processo sirva para dar uma nova dinâmica ao museu, mas alertou para a necessidade de “não se espalhar o espólio” do mesmo.
O seminário de hoje deu ainda a conhecer a primeira enoteca interactiva do país, que está instalada na Quinta da Avessada, em Alijó, a rota dos vinhos da Península de Setúbal - um projecto do Museu Municipal de Palmela -, o Museu do Vinho do Porto, o Museu Regional do Vinho do Redondo e ainda o Museu da Vinha, do Vinho e da Cultura da Região de Colares.
O segundo dia deste encontro, sexta-feira, tem como palco São João da Pesqueira, onde será debatido o futuro núcleo museológico desta vila, que está inserido na rede de pólos museológicos do MD, e tem como tema central o vinho do Douro, elemento basilar da economia regional.
A vice-presidente da autarquia, Maria do Céu Vilela, referiu que o encontro tem com objectivo “colher opiniões e contributos da sociedade civil” para a criação desta unidade museológica, que será alvo de uma candidatura conjunta entre o MD e a câmara.
Também em São João da Pesqueira, o MD vai inaugurar uma exposição sobre diferentes projectos e colecções associadas a diversas regiões vitícolas nacionais.