Autor: Lusa/AO Online
“É uma oportunidade, que os açorianos vão ter, de inverter o rumo da governação, aqui, na região autónoma, e de poder dar uma uniformidade maior ao desenvolvimento deste arquipélago, de poder aproveitar mais as capacidades da sociedade civil e podermos ter, nos Açores, mais sociedade e menos Estado”, afirmou Montenegro.
O candidato à liderança do PSD falava à margem de um encontro com militantes, que decorreu na segunda-feira à noite, à porta fechada, em Ponta Delgada.
“Creio que há aqui uma certa limitação no crescimento da região, fruto da omnipresença do Governo Regional, de todo o circuito de dependências que está enraizado, e que não é bom para a democracia regional, nem é bom para o país”, concretizou Montenegro.
José Manuel Bolieiro, vice-presidente de Rui Rio na direção nacional do PSD, foi eleito líder do PSD/Açores, no sábado, com 98,5%, numa corrida para a qual era o único candidato.
O também presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada sucede a Alexandre Gaudêncio, que se demitiu do cargo a 15 de outubro, depois de ter sido alvo de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeita de violação de regras de contratação pública, de urbanismo e ordenamento do território enquanto presidente da Câmara da Ribeira Grande.
Luís Montenegro considerou que “o PSD tem, hoje, como candidato a presidente do Governo Regional [dos Açores] em 2020, uma pessoa altamente qualificada, um social-democrata, um humanista”.
O antigo líder parlamentar da bancada social-democrata disse, ainda, que a visita de dois dias ao arquipélago serve para “perceber a realidade da região, as principais preocupações, os principais anseios e ansiedades, porque ser líder do PSD também vai ser um exercício de ser porta-voz dessas preocupações, desses desafios que temos para o futuro”.
“Tudo isto é importante para ir assimilando o projeto político para o país”, rematou.
Além de Luís Montenegro, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente, Rui Rio, e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se a 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso acontece entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.